Escritor martinopolense lança livro sobre distrito de Teçaindá

Hoje, obra de José Carlos Daltozo é apresentada na festa de São Pedro no distrito, e anteontem, foi na Câmara de Martinópolis; ela pode ser adquirida na Santa Casa do município

VARIEDADES - DA REDAÇÃO

Data 29/06/2023
Horário 07:10
Foto: Cedida
Daltozo prestigiado pelo provedor da Santa Casa, José Jailson dos Santos ao seu lado
Daltozo prestigiado pelo provedor da Santa Casa, José Jailson dos Santos ao seu lado

O escritor José Carlos Daltozo lança seu 17º livro, agora sobre um distrito de paz de Martinópolis chamado Teçaindá, intitulado “História do Teçaindá”. Hoje o lançamento se dará durante a tradicional quermesse de São Pedro, que é realizada no distrito, onde inclusive, é feriado municipal, com a festa há mais de 70 anos. E anteontem, houve a apresentação da obra na Câmara Municipal de Martinópolis.

Segundo o autor, toda a edição foi paga por um ex-prefeito, nascido no distrito, de nome Adelino Simões Carvalho Filho. Os mil exemplares foram doados para a Santa Casa de Misericórdia Padre João Schneider de Martinópolis, que vai vender a 40 o exemplar.

Daltozo conta que há algum tempo vários moradores de Teçaindá lhe pediam para, um dia, escrever um livro apenas sobre a história do distrito, qual surgiu quase na mesma época da cidade de Martinópolis. “Ou seja, Martinópolis [com o nome antigo de José Teodoro] começou a ser colonizado em 1924 e o povoado do Teçaindá também. Os primeiros compradores de terras foram imigrantes japoneses, como as famílias Iwasaki, Nakano e Chayamite”, expõe o escritor.

De acordo com o escritor, o Teçaindá, antes de se tornar distrito em 1945, era conhecido como Patrimônio de São Pedro, nome do padroeiro da capela ali existente. “Também é conhecido até hoje como Quilômetro Dezoito, por ser esta a distância até a sede municipal”, frisa.

Ele acentua que o leitor terá um painel geral de como era a vida antigamente e também como é agora, num povoado rural. “Há, além dos capítulos da história, também capítulos sobre esportes, escolas, eventos, religião, vida social, política, modo de vida, entre outros, em 144 páginas, 158 fotos”, adianta o escritor.

Produção

Daltozo conta que a pesquisa para este trabalho foi rápida, cerca de seis meses entre começar a pensar no livro e a impressão na editora em Presidente Prudente. “Isso porque, como este é o 17º livro que publico, já tenho muito material coletado sobre a história de Martinópolis, dos bairros rurais, dos distritos, etc”, explica.

Além de campanha para obter fotos antigas com a população, através do Facebook, também utilizou antigos jornais publicados em Martinópolis, entrevistas que havia feito com antigos moradores (hoje falecidos) quando foi sócio do jornal Folha da Cidade, entrevistas que o jornalista Marcos Carmanhães também fez para o mesmo jornal, entre os anos de 1995 a 2010. 

Também pesquisou em trabalhos de conclusão de curso na Unesp (Universidade Estadual Paulista) e Unoeste Unoeste (Universidade do Oeste Paulista).

“Um livro histórico é como produzir uma colcha de retalhos, colhe-se um documento aqui, uma foto ali, uma informação acolá, e no final o produto fica pronto”, acentua o autor.

Terras férteis

Daltozo destaca que foi importante documentar a história do distrito do Teçaindá porque ele, além de ser quase tão antigo quando à cidade de Martinópolis, sempre foi mais voltado à agricultura. As terras daquela região são mais férteis do que as terras da Represa Laranja Doce, por exemplo. E ali havia muitos sitiantes, nas décadas entre 1940 e 1970 a produção agrícola do Teçaindá suplantava a do município sede, tanto em café, algodão, milho, feijão e outros produtos agrícolas. 

Hoje, segundo ele, muitas terras do distrito estão plantadas com cana-de-açúcar. O importante é que, registrado em um livro, a história fica preservada para a posteridade. “Aquela fotografia única, que estava guardada em alguma gaveta e com o tempo poderia desaparecer, se reproduzida num livro como este, com 1.000 exemplares da edição, serão mil famílias que terão aquela foto em suas residências”.

SERVIÇO
O livro estará à venda na portaria da Santa Casa em Martinópolis, na administração da entidade, em alguns estabelecimentos comerciais do distrito e do município. Para quem residir em outras cidades, será acrescido o valor do porte do correio. Mais informações pelo WhatsApp (18) 99799-4145.

DATAS E NOMES DOS 17 LIVROS PUBLICADOS POR JOSÉ CARLOS DALTOZO
1999 – MARTINÓPOLIS, SUA HISTÓRIA E SUA GENTE
2002 – Banco do Brasil, 50 Anos em Martinópolis
2004 – Álbum Histórico e Fotográfico de Martinópolis
2006 – Cartão Postal, Arte e Magia
2007 – Loja Maçônica Três de Maio – 60 Anos
2007 – Nos Trilhos da História (Sobre A  Estrada de Ferro Sorocabana)
2008 – Um Novo Amanhã (Sobre Os Imigrantes Japoneses)
2010 – Sessenta Anos Semeando Conhecimento – Sobre A Escola Coronel João Gomes Martins
2010 – Fazenda São José – História da Família Junqueira
2014 – Costumes e Tradições Rurais
2017 – Martinópolis, do Passado Ao Presente
2018 – Crônicas Martinopolenses
2020 – Baú de Memórias de Rancharia
2021 – Baú de Memórias de Rancharia Volume Dois
2021 – História de Rancharia
2022 – Recordações Em Textos e Fotos
2023 – História do Teçaindá

Cedidas

Escola rural na Gleba Nova contida no livro “História do Teçaindá”


Caminhão carregado de algodão, produto abundante do Teçaindá, entre 1940 e 70


Teçaindaenses orgulhosos com os livros adquiridos em mãos, anteontem na Câmara

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