Ex-jogador relembra tempo no Corinthians PP

Lázaro faz questão de recordar e agradecer ao futebol por tudo o que lhe proporcionou

Esportes - JULHIA MARQUETI

Data 17/06/2018
Horário 04:35
José Reis:  Lázaro passou pelo Corinthians de PP entre os anos de 1967 até 1970
José Reis: Lázaro passou pelo Corinthians de PP entre os anos de 1967 até 1970

Mesmo que o tempo passe, momentos são para ser relembrados. E isso não é diferente para o ex-jogador do Esporte Clube Corinthians de Presidente Prudente, Lázaro Antônio da Silva, 68 anos, que passou pelo clube prudentino durante três anos, de 1967 até 1970. Fazendo grandes partidas, jogando em várias posições e colecionando amigos, Lázaro faz questão de relembrar e agradecer ao futebol por tudo o que lhe proporcionou, apesar de algumas experiências que, com a cabeça e os pensamentos de hoje, admite terem prejudicado em sua profissão como jogador.

Sempre apoiado pelos pais, Lázaro, que atualmente é pastor da IBMR (Igreja Batista Ministério Restauração), chegou ao Corinthians PP com 17 anos, ainda no time amador, e permaneceu até os seus 20 anos, quando atuava pela equipe profissional. Ao ser questionado em qual posição jogava, o ex-atleta afirma que não era bom em apenas uma. “Passei em várias posições. Recordo-me de uma partida em que joguei até de goleiro, já que o nosso principal havia se machucado. Fiz boas defesas e fui bem, isso foi no domingo. Na quarta-feira seguinte nosso ponta havia se machucado, então joguei em outra posição, fazendo mais um jogo bom”, afirma. Para ele, o fato de ser da cidade talvez tenha dificultado sua escalação como titular. “Por ser de Prudente, normalmente colocavam a gente no final do jogo. Eu era muito novo e tinham vários atletas bons na modalidade”, explica.

Após passar pela equipe prudentina, Lázaro jogou pelo Cianorte Futebol Clube e também pelo Operário, do Mato Grosso, jogando ao mesmo tempo pelos dois times. “Jogava o primeiro semestre pelo Cianorte e o segundo no Mato Grosso, já que dava para fazer esta mistura”, conta. Seu tempo no profissional não durou muito e terminou em 1971. Mas antes de chegar ao fim, outro jogo marcou sua carreira. Um amistoso contra o time do Santos Futebol Clube, na era do Pelé. “Apesar do Pelé não ter jogado, é uma lembrança que levo comigo até hoje. Foi uma partida muito boa do Cianorte contra eles”, relembra.

Hoje, com o pensamento mais maduro, Lázaro faz questão de lembrar o que pode ter sido um dos motivos que o afastou do futebol. “Não soube aproveitar da maneira correta. Bebi, fumei, dormi tarde. Tudo isso prejudica no esporte e atrapalha”, relata. Neste quesito, o ex-atleta também relembra de uma companhia que teve enquanto jogava. “O Dema [Waldemar Barbosa, ex-jogador], que jogava pela seleção, andou muito no meu carro. Ele usava coisas indevidas, mas graças a Deus nunca fui pra esse lado”, afirma.

 

Amador

Incentivador do futebol amador na cidade, o ex-atleta, que atualmente se encontra afastado dos gramados por conta do seu tempo que é ocupado por outros afazeres, conta que fundou vários times após passar pelo profissional. “O Panela Preta, Amigos da Catuaba e do AABB [Associação Atlética Banco do Brasil]. Ajudei e sempre estive envolvido. Aliás, tem um grupo existente ainda, que é o Milar. O nome veio da junção de Minouro, Lázaro e Arlindo, todos amigos”, explica. Segundo ele, o grupo continua jogando todos os sábados de manhã, mas ele se afastou. “Passei a dosar melhor o meu tempo. Chegava lá as 6h e voltava só as 16h”, explica.

 

 

 

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