Exaltação da Santa Cruz

OPINIÃO - Sandro Rogério dos Santos

Data 13/09/2020
Horário 04:30

Festa nascida em Jerusalém nos primeiros séculos do Cristianismo, a Exaltação da Santa Cruz é celebrada aos 14 de setembro, conforme um antigo testemunho, aniversário do dia em que foi encontrada a cruz de Nosso Senhor (séc. IV). A sua celebração estendeu-se com grande rapidez pelo Oriente e, pouco depois, por todo o orbe cristão. Em Roma, solene procissão se dirigia de Santa Maria Maior a São João de Latrão para venerar a cruz. Francisco F. Carvajal anota que “no começo do século VII, os persas saquearam Jerusalém, destruíram muitas basílicas e se apoderaram das sagradas relíquias da Santa Cruz que, um pouco mais tarde, seriam recuperadas pelo imperador Heráclio”.

Carvajal refere-se a “uma piedosa tradição que, quando o imperador, vestido com as insígnias da realeza, quis carregar pessoalmente o Santo Madeiro até o seu primitivo lugar no Calvário, o seu peso foi-se tornando cada vez mais insuportável. Nesse momento, Zacarias, bispo de Jerusalém, fez-lhe ver que, para levar aos ombros a Santa Cruz, deveria desfazer-se das insígnias imperiais, imitando a pobreza e a humildade de Cristo, o qual tinha carregado o santo lenho despojado de tudo. Heráclio vestiu, então, umas humildes roupas de peregrino e, descalço, pôde levar a Santa Cruz até o alto do Gólgota.”

O mistério celebrado, no entanto, ultrapassa esses fatos históricos. Dentro do plano de Deus, a cruz tomou-se sinal e símbolo do mistério pascal. Depois que o ser humano falhou em sua vocação cometendo o pecado, a vida e a salvação passarão pela morte. Além de ser Senhor do universo na ordem da criação, Jesus, constituído por Deus como Senhor da vida, tornou-se também o primeiro entre os irmãos ressuscitados para todos os que n’Ele creem e procuram realizar o plano de Deus. A cruz, que não precisa ser buscada nem pedida, se apresenta na vida como: doença, pobreza, cansaço, dor, desprezo, solidão...

Na liturgia, a igreja utiliza o sinal da cruz nos altares, no culto e nos edifícios sagrados. Tudo é marcado com esse sinal. É possível que tenhamos aprendido desde a infância a fazer o sinal da cruz sobre a testa, a boca e o peito, em sinal externo da fé professada. Assim, a Santa Cruz é sinal de vida, esperança e salvação para todos os que creem em Cristo. Fixemos nossos olhos no amor de Deus revelado na cruz. Abracemos o amor de Deus ali manifestado para que, cultivando-o em nosso cotidiano, sejamos sinal de vida e esperança para as pessoas. *Nascida à sombra da Santa Cruz, desejo que Presidente Prudente seja beneficiada pelos frutos do Divino Amor. Parabéns!

Seja bom o seu dia e abençoada a sua vida. Pax!!!

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