Falta incentivo no esporte para que talentos sejam descobertos

EDITORIAL -

Data 20/07/2019
Horário 04:10

Se o incentivo no esporte fosse maior, não apenas em âmbito nacional, mas local, muitos talentos poderiam ser descobertos. O esporte não tem a importância que merece. Assim como os atletas sofrem pela ausência de patrocínio. Um bom preparo com equipamentos, locais de treinamento, alojamentos adequados, alimentação, uniformes, etc, tudo isso influencia no desempenho de um atleta. É triste ver que em um país que vem batendo forte na questão da inclusão social, os governos federal, estadual e municipal, e grandes empresas, não perceberam ainda que o esporte é uma ferramenta mais que fundamental para que isso funcione.

Está mais que comprovado que atividades esportivas em diferentes modalidades tiram crianças das ruas. Motivam jovens e salvam adultos do mundo escuro da miséria, das drogas, da violência. Simplesmente porque o esporte é educativo. Por isso deveria ser aplicado nas escolas de maneira mais aprofundada não apenas com a prática, mas a teoria de novas modalidades. Por exemplo, por que não ter aulas de artes marciais em Educação Física? Ou de damas, xadrez, badminton?

Se falta investimento em esportes tradicionais, nos mais conhecidos como futebol, basquete, natação, vôlei... imagine nas modalidades menos populares como as citadas! Já existem projetos gratuitos, por meio de governos ou entidades sociais, que trabalham o fomento do esporte com crianças carentes. Mas é preciso mais. Presidente Prudente, por exemplo, tem grandes empresas que poderiam patrocinar muitos atletas que não contam com nenhum tipo de ajuda financeira, não apenas para realizar sonhos, mas para transformar suas vidas.

Na edição de anteontem trouxemos uma reportagem com o jovem atleta Gustavo Cardoso Macena, que pela segunda vez foi convocado pela seleção brasileira de beisebol para participar do Campeonato Pan-Americano de Beisebol, desta vez no México, em setembro. Mas sua família não tem condições de arcar com todas as despesas que ele terá. Pizzas, lasanhas, entre outras promoções, além de uma vaquinha online, vem sendo a maneira que encontraram para juntar dinheiro até lá. Veja bem, se o garoto foi convocado pela segunda vez é sinal de que ele tem talento. Tem dom. Por que não patrocinar um jovem desse que escolheu praticar esportes ao invés de se entregar ao mundo que está marginalizado, com cada vez mais crianças envolvidas no tráfico, roubo e até matando pessoas?

Hoje trazemos três matérias locais que revelam o talento de atletas prudentinos que dão o melhor de si em pequenas, médias ou grandes competições. Conquistando medalhas, troféus e realizando sonhos! Em outra, trazemos a contratação mais cara da história do Athletico (PR), do jovem Abner Vinicius da Silva Santos, de 19 anos, de Pirapozinho, que já esteve sendo cogitado, inclusive por times europeus. Pitágoras aconselhou que “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens”. Ou seja, invistam em infraestrutura e incentivem o esporte e estarão diminuindo o problema do futuro da nação em ter adultos doentes na sociedade.

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