Familiares e amigos se despedem de Geraldo Soller

PRUDENTE - Rogério Lopes

Data 22/01/2015
Horário 06:52
 

 

 

Dezenas de pessoas entre familiares, amigos, vizinhos e inúmeros representantes de associações, entidades e órgãos públicos e privados de Presidente Prudente e região, estiveram presentes ontem no sepultamento do jornalista e colunista social de O Imparcial, Geraldo Soller, para prestar suas homenagens e dar o último "adeus" a um dos profissionais mais renomados e respeitados, conforme declarações dos presentes, que a cidade já teve. O comunicador faleceu na tarde de terça-feira, aos 83 anos, na Santa Casa de Misericórdia de Prudente, após complicações de saúde. O corpo do jornalista foi velado na Casa de Velório Athia e o cortejo fúnebre ocorreu às 10h, até o Cemitério Municipal São João Batista, onde Soller foi sepultado.

Jornal O Imparcial Sepultamento ocorreu na manhã de ontem, no Cemitério São João Batista, em Prudente

Um "grande" pai, avô, tio, amigo, vizinho e profissional, assim foi descrito Soller pelos presentes, durante o velório. "Prudente perde uma parte da sua história, em vida, mas ele estará para sempre nas lembranças da cidade". Esta foi a frase mais dita entre os entrevistados, quando questionados sobre a importância, para Presidente Prudente, em ter sido "escolhida" pelo jornalista para ser berço de seu trabalho, da sua família, da sua vivência.

Para o neto João Miguel Soller, 22, o avô "com certeza fará uma imensa falta", pois era muito presente, mesmo com a distância – o neto mora em Campo Grande (MS) – na vida do jovem. Ressalta que o jornalista foi um verdadeiro pai para ele. "Meu pai – um dos três filhos de Geraldo, também de nome João Miguel Soller – faleceu quando minha mãe estava grávida. Meu avô então assumiu a postura paterna e me deu todo suporte, carinho, atenção e amor que precisava", frisa.

O único neto que o colunista possuía ainda lembra da postura do pai/avô com as pessoas. "Era um homem que tinha um bom contato e convívio com todos que o cercavam, sendo familiares, amigos ou colegas de profissão", salienta.

"Toda família tem aquele tio, o que anima, brinca e que todos buscam conversar e ter um contato frequente. Ele era assim". Esta afirmação retrata, de acordo com o sobrinho de Soller, Marcelo Soller, 52, como era o tio. Cita que Geraldo era quem fazia as reuniões em família, animava os encontros e demonstrava o quanto era espirituoso e conversador. "Era o tipo de tio que batemos papo e que nos sentimos muito bem com a presença. Realmente é uma perda imensurável para nós, familiares, e para toda sociedade prudentina", considera.

 

Anos de amizade

Boas lembranças, do longo tempo de amizade, foram resgatadas pelos amigos que foram se despedir do "eterno jornalista", como pontuaram. O casal Francisco Rodrigues, 84, e Josepha Ferreira Rodrigues, 83, lembram com alegria dos momentos de conversa e boas "risadas", entre eles e o jornalista, ao longo dos mais de 60 anos de amizade que possuíam. "Sempre foi uma pessoa admirável e que fará muita falta", contam.

"Era como se fosse um pai", afirmou a amiga pessoal e profissional de Soller, Vânia Nilva Ferreira. Emocionada, a gerente administrativa de O Imparcial – veículo de comunicação onde o jornalista ingressou em 1944, aos 12 anos, e prosseguiu escrevendo reportagens, com a coluna Fotos & Fatos e, após esta, com crônicas até 2014 – diz que o amigo era uma pessoa "surpreendente" em todos os sentidos. Que sabia dar conselhos, conversar, passar orientações e também pedir opiniões. "Tinha o dom de identificar o momento e a hora certa para falar algo. Um amigo que tinha como porto seguro", pontua.

Morando durante 50 anos ao lado da residência da família de Soller, a aposentada Maria de Lourdes Café, 71, ressalta a importância do jornalista na formação da Vila Marcondes. "Foi um dos pioneiros do bairro. Toda a família sempre foi tranquila e a convivência entre vizinhos muito boa", atenta.
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