Dez experiências brasileiras de valoração e de pagamento por serviços ambientais (PSA) foram sistematizadas em um artigo científico de especialistas da Embrapa, publicado no periódico eletrônico do Fórum Ambiental da Alta Paulista. Os atores envolvidos nesses projetos e especialistas no tema colaboraram para identificar iniciativas já consolidadas, com foco especial no bioma Amazônia.
A sistematização das vivências atende a uma demanda por conhecimento em serviços ambientais feita por produtores rurais amazônicos e técnicos em oficinas da Embrapa. A publicação é um dos resultados do projeto Aseam, liderado pela Embrapa Territorial (Campinas, SP). Os recursos dessa pesquisa são provenientes do Fundo Amazônia e operacionalizados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), em cooperação com o Ministério do Meio Ambiente.
Os casos de sucesso abordados no artigo foram apresentados e discutidos no seminário virtual promovido pela Embrapa em março de 2021. Os vídeos das palestras e das mesas-redondas do evento foram divididos em quatro partes e estão disponíveis no canal da Embrapa no Youtube.
A publicação sintetiza as informações apresentadas no seminário e traça análises das vivências de acordo com a relevância de cada iniciativa para os beneficiários e para a conservação ambiental; abordando as trajetórias percorridas - desde a mobilização, passando pela execução, até a finalização - e as dificuldades enfrentadas; e apresenta os mecanismos de financiamento utilizados em cada caso.
Um dos editores do artigo é o analista da Embrapa Territorial Bruno Scarazatti. Para ele, o compartilhamento de conhecimentos e de vivências já consolidadas em valoração e PSA pode ser aproveitado por outros grupos para a proposição de novas iniciativas. “Mostrar os caminhos percorridos pelos diferentes atores, assim como as dificuldades e os acertos pode ajudar no desenho e inspiração de novos projetos”, coloca.
Segundo Scarazatti, as experiências apresentadas demonstram que os projetos de PSA podem ser construídos em contextos regionais diversos. Para regiões desmatadas ou sob pressão de desmatamento, ele ressalta, essas iniciativas podem ajudar em ações de reflorestamento, podendo ser combinadas com o uso de sistemas agroflorestais para conservação, sequestro de carbono e provisão de água.
Em regiões de vegetação contínua, como Unidades de Conservação e terras indígenas, ele considera que os projetos podem ser aproveitados na forma de transferência de recursos por meio de programas de Redução de Emissões por Testamento e Degradação Florestal (REDD+). Duas das vivências relatadas revelaram que os recursos pagos via programas de REDD+ ajudaram a reduzir a pressão pela exploração dos recursos naturais amazônicos.
No entanto, o analista da Embrapa ressalta que as iniciativas de PSA não devem ser vistas como a única solução, mas como um dos instrumentos de apoio e uma forma de incentivo para a conservação da natureza e manutenção de seus serviços. (Por Alan Rodrigues, da Embrapa Territorial)
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Asbia informa que exportação de sêmen bovino bate recorde histórico
A exportação de sêmen bovino do Brasil alcançou o maior volume da história, no período acumulado de janeiro a setembro, aponta levantamento da Asbia (Associação Brasileira de Inseminação Artificial) realizado em conjunto com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), ligado à USP (Universidade de São Paulo).
Em nove meses, foram embarcadas 361.056 doses de sêmen com aptidão de corte para 11 países e 345.828 doses com aptidão para leite para 14 países, totalizando 706.884 doses. Em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 11,8% em sêmen para corte e de 4,4% em sêmen para leite.
“Este excelente resultado mostra que a qualidade da genética brasileira é cada vez mais reconhecida internacionalmente. Como ocorre no Brasil, cresce globalmente a adoção de tecnologias para a evolução da pecuária. Afinal, estamos falando em maior lucratividade para as propriedades e produção de mais carne e leite de qualidade para atender à crescente demanda”, informa Cristiano Botelho, executivo da Asbia.
Cristiano entende que há um grande e recorrente investimento sendo feito pelos pecuaristas para atingir números que crescem gradualmente, principalmente em genética, saúde e nutrição animal. “De 2020 para 2021, o crescimento foi de 70%, algo fantástico. Olhando para o aumento nas exportações nos últimos dois anos, temos um crescimento acumulado de 81%. Isso mostra que a produção de qualidade dos pecuaristas brasileiros ganha cada vez mais clientes”, finaliza o executivo.
No total, as vendas de sêmen (corte e leite) atingiram 19.669.138 doses entre janeiro e setembro de 2022, informa a Asbia. Esse resultado representa recuo de 5,8% em relação aos nove primeiros meses do ano passado (20.886.986 doses). Foram atingidos 4.330 municípios no período – equivalente a 77,7% dos municípios brasileiros. (Por Irvin Dias, da Texto Comunicação).
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Foram embarcadas 361.056 doses de sêmen com aptidão de corte para 11 países e 345.828 doses com aptidão para leite para 14 países