Fórum nacional, em PP, discute escassez de alimentos daqui 50 anos

Da população de 7 bilhões de pessoas, 1 bilhão passa fome. A estimativa sobre o contingente mundial até 2050 supera a 9 bilhões.

PRUDENTE - Arize Juliani

Data 25/07/2014
Horário 08:31
 

Na fisiologia, uma das áreas de desenvolvimento é a melhoria da produção de alimentos, aumento da resistência das plantas a doenças e secas. Desta forma, com o intuito de discutir a disciplina em âmbito nacional e com abrangência internacional, encerra-se hoje o 1º Fórum Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Fisiologia Vegetal. O evento, organizado pela SBFV (Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal), com o apoio da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), objetivou o encontro entre coordenadores dos cursos de pós-graduação de várias regiões do Brasil, visando articular os projetos de forma que os profissionais da fisiologia possam contribuir.

Jornal O Imparcial Fórum nacional segue até hoje e reúne pesquisadores de todo país na Unoeste, em Prudente

Ontem, primeiro dia do evento, ocorreu um workshop com o presidente da SBFV, Gustavo Habermann, que propôs uma discussão sobre os programas de fisiologia vegetal em todo o país, como está sendo ensinada dentro do âmbito das pós-graduações, como vem sendo pesquisada e sobre a escassez de alimentos daqui a 50 anos. Da população de 7 bilhões de pessoas, 1 bilhão passa fome. A estimativa sobre o contingente mundial até 2050 supera a 9 bilhões.

"Vou falar sobre uma sociedade que faço parte, a The Global Plant Council. Ela está preocupada com a escassez de alimentos daqui a 50 anos. Existem algumas propostas em andamento e acho que a comunidade precisa começar a prestar atenção e nos prepararmos para esse desafio. E nada melhor do que a SBFV, que trata do desempenho de produtividade no campo, tratar desse assunto também", relatoa Habermann.

Ele mencionou, ainda, que a fome está intimamente relacionada com a fisiologia, pois a produção de alimentos vai "impactar" na escassez que pode ocorrer em 2050. Outro impacto seria, caso não houver a escassez total, a elevação de preços e nutrição no futuro, sendo um assunto importante para a comunidade se preocupar.

O docente e pesquisador da Unoeste, Gustavo Maia Souza, que também é membro da diretoria da SBFV, revelou que propôs a ideia de que o primeiro encontro ocorresse em Prudente. E contou que a SBFV está conveniada com o Conselho Internacional de Combate à Fome e Segurança Alimentar.

Ao final do 1º Fórum Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Fisiologia Vegetal, as propostas serão encaminhadas para Brasília (DD) e apresentadas à Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e à CNPq (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
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