Home office sem pijama

Gerente de talentos humanos da Foregon, Janaína Peroto, diz que trocá-lo por uma roupa mais simples que seja, faz sentido sim e ajuda até na produtividade

PRUDENTE - OSLAINE SILVA

Data 03/09/2020
Horário 08:35
Cedida - Além de um espaço adequado ao trabalho, Luciana mantém no visual uma imagem profissional
Cedida - Além de um espaço adequado ao trabalho, Luciana mantém no visual uma imagem profissional

Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, muitos trabalhadores entraram no sistema de home office e, com isso, aproveitaram a permanência em casa para se vestir “de qualquer jeito”. Inclusive, há aqueles que saem da cama e nem trocam de roupa, iniciam e terminam o expediente de pijama mesmo. 
Então, se você se viu nessa descrição, preste atenção. A gerente de talentos humanos da Foregon, em Presidente Prudente, Janaína Bergamasco Vicari Peroto, 34 anos, diz que trocar o pijama por uma roupa mais simples que seja, pode ser de ginástica, uma calça moletom, um jeans, faz sentido sim, e pode interferir nesse foco e na produtividade.
“Claro que tem hábitos que mudam, como, por exemplo, se estava acostumada a usar um salto alto, não será necessário. Mas, porque naturalmente você tira aquela preguiça do corpo, se desconecta daquele momento ‘acordei, estou de pijama’, para o momento ‘acordei e começo minha jornada de trabalho’. Muitas vezes, podemos associar o acordar e ficar de pijama com o fim de semana. Aqueles dias em que relaxamos. E quando acordo e coloco uma roupa para começar a trabalhar é diferente, sua mente se conecta com o momento profissional e não de relaxamento”, frisa a profissional. 
Segundo Janaína, no começo de tudo, no início da pandemia, quando foi imposto o trabalho home office, ninguém sabia na verdade trabalhar dessa forma. Ela acredita que as pessoas ficavam sim de pijama, por estar no conforto caseiro. E começaram a dar orientações, fazerem conteúdos que estimulassem as pessoas a vivenciarem não só na questão do trabalho, mas uma rotina normal, como se estivessem indo ao escritório. Por exemplo, manter o horário de acordar: se tinha o hábito de tomar banho antes de sair, continue fazendo isso, assim como tomar café da manhã, colocar uma roupa e aí sim iniciar sua jornada de trabalho. 

Vista-se como se sente bem

Janaína entende que, na verdade, conforto é muito relativo, tem a ver com a personalidade de cada um. “Se a pessoa gosta de se vestir com uma calça jeans ou de moletom, ok. Se tenho que entrar numa live, numa reunião online naquele dia e meu conforto está em vestir uma camisa, então vista. Ou seja, o conforto está muito mais relacionado com seu estilo e personalidade do que com o estilo da roupa em si”, destaca.
Luciana Emi Babata, 29 anos, assistente judiciária - servidora pública do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, assessora de juíza auxiliar da comarca da capital, é uma profissional que segue normalmente sua rotina de três anos, neste período. Com uma jornada de trabalho de oito horas, das 11h às 19h, com intervalo para almoço, ela está em home office desde janeiro. 
Ela acorda cedo, treina, toma seu banho, se arruma e entra em seu escritório. “Desde que soube da mudança em novembro, reformei o espaço da casa para virar meu ambiente de trabalho, exatamente para estabelecer e seguir a rotina profissional. Além disso, coloco roupa arrumada, estilo ‘casual chic’. Não é formal como traje forense, mas procuro manter uma imagem profissional. Eu usava salto todos os dias, mas, em casa, uso sapatos baixos e confortáveis, adoro mule e mocassim. Continuo vestindo saias mídi, calças retas, camisas, blusinhas com gola alta”, menciona a servidora.

Dentro ou fora da sala de aula

O professor e coordenador pedagógico do Colégio Ômega de Martinópolis, Cauê Alves Zanelato, 31 anos, busca passar para os seus alunos, todos os dias, que independente da distância, suas aulas continuam e por isso têm que seguir a mesma rotina de horários das aulas e estudos, com a diferença de ao invés estarem no colégio, estão em casa. 
“Acordo no horário de antes, tomo banho, café da manhã e começo minha aula às 7h15. Costumo usar as camisetas que usava para ir à escola, inclusive uniformes. Hoje mesmo estou com a camiseta do terceiro ano de 2020. Tive aula com eles e gosto de estar com a camiseta da turma para que possam lembrar que, mesmo longe, estamos juntos, ainda que de maneira remota”, acentua o professor.

Foto: Cedida

Professor Cauê de Martinópolis região de Presidente Prudente faz questão de manter rotina de trabalho mesmo em home office

Cauê procura, inclusive, usar as camisetas de suas turmas do colégio

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