Idosos e crianças ganham festa de acadêmicos

VARIEDADES - DA REDAÇÃO

Data 14/06/2016
Horário 15:26
 

Para ser feliz não tem idade! E já que o mês é das tradicionais festas juninas, os acadêmicos do 3º termo de Gastronomia da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) aproveitaram essa comemoração para levar alegria por meio de música, quadrilha e pratos típicos, aos idosos da Vila da Fraternidade e às crianças do Projeto Aquarela, com o "Arraiá da Gastronomia", ocorreu no fim de semana, sob a orientação do professor e chefe de cozinha Fabio Almeida.

O cardápio foi de encher os olhos! Teve cachorro quente, arroz-doce, bolos de cenoura e de milho, pipoca, curau, pão de queijo, torta salgada, pé de moleque, paçoquinha, suco de laranja e chá de abacaxi com gengibre. "Propusemos esse desafio aos universitários, que ficaram responsáveis por toda organização do evento, desde a escolha das entidades, captação de recursos até o preparo dos pratos", expõe o professor.

Jornal O Imparcial Intercâmbio de gerações foi fantástico durante arraiá especial

Para Ana Paula Cabral de Melo, assistente social da Vila da Fraternidade, essa ação foi um gesto de carinho para com os 40 acolhidos da entidade, que funciona há 16 anos e está localizada no bairro Ana Jacinta. "Ficamos lisonjeados por receber essa festa junina, que foi produzida com tanto empenho pelos alunos da Gastronomia. Percebemos que os nossos idosos ficaram felizes pelo fato de serem reconhecidos e lembrados por esses jovens", salientou a assistente social.

 

Histórias de vida


Na Vila da Fraternidade, o intercâmbio de gerações foi fantástico! Teve dança e guloseimas que conquistaram o paladar dos idosos. Caracterizada com chapeuzinho de tranças, Nair Faustina, 79 anos, providenciou um chapéu de palha para o seu companheiro Trajano Xavier da Silva, 89 anos. Aproveitou o momento para contar um pouco da sua história de amor que começou no lar. "Quando o Trajano chegou aqui, comecei ajudar a cuidar dele. Todos os dias conversávamos e passávamos várias horas juntos. Desse contato surgiu um sentimento maior do que a amizade. O tempo passou, até que um dia, manifestei o meu desejo de me casar com ele aqui mesmo na vila", revela dona Nair.

A idosa lembra que foi ela que fez o tradicional pedido de casamento. "Fui em frente, comprei nossas roupas e alianças, depois perguntei para ele se gostaria de se casar comigo. A resposta foi sim e já faz dois anos que vivemos felizes aqui", ressaltou.

Animada, dona Nair não perdeu tempo e aproveitou a quadrilha para interagir com os acadêmicos e dançar bastante. "Estou gostando de tudo! É muito bom nos sentirmos queridos por esses estudantes", frisou.

Quem também aprovou a iniciativa foi Luperina Nunes Freire, 84 anos. Ela revela que esse momento foi de saudosismo. "Recordo-me da minha infância e de quando ia para as festas juninas com a minha família. Se pudesse daria um abraço de gratidão em cada um desses acadêmicos. O que eles fizeram pela gente não tem preço! Que Deus abençoe infinitamente cada um", agradeceu dona Luperina.

 

Alegria de criança


Enquanto na Vila da Fraternidade, a festa junina foi no período da manhã, no Projeto Aquarela a ação ocorreu à tarde. O Aquarela atende 320 crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos. O coordenador geral do projeto, Fernando Diamante, menciona que é a primeira vez em dez anos que o projeto ganha uma festa junina.

"É gratificante sermos beneficiados, todos estão de parabéns pela organização dessa festa. Em nome de todos os nossos atendidos, muito obrigado por esse gesto de carinho!", exclamou o coordenador. Além dos pratos típicos, os universitários organizaram brincadeiras tradicionais, como a pescaria e teve também cama elástica. Os primos Vitória Pereira dos Santos, 9 anos, e Lucas Eduardo Pereira, 8, aprovaram o arraial. "Brincamos bastante e até dançamos quadrilha, foi tudo muito divertido", conta a pequena Vitória.

A acadêmica de Gastronomia, Cláudia Delfim, descreve que esse engajamento propiciou uma experiência que vai além da complementação prática da disciplina Gestão de Eventos e Banquetes. "Mais do que colocar em prática o que aprendemos na graduação ficamos contentes em poder proporcionar um dia diferente para os idosos e crianças. A sensação é de dever cumprido", comentou. 

 
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