Infestação de pombos ainda perturba transeuntes

“Acho que não funcionou. Continua a mesma coisa", relata.

PRUDENTE - Victor Rodrigues

Data 14/04/2015
Horário 09:12
 

A infestação de pombos selvagens nas praças Monsenhor Sarrion e Nove de Julho, no centro de Presidente Prudente, ainda perturba as pessoas que passam pelos locais. Mesmo após a instalação de um aparelho sonoro, que emite frequências para espantar as aves, no início de julho do ano passado, os bancos, calçadas e vias permanecem repletos de fezes dos bichos. Além da sujeira nos espaços públicos, a qual impede que as pessoas se sentem nos bancos, muitos transeuntes são "vítimas" do dejeto.

Gisele Aparecida Valentim, 35, serviços gerais, pega ônibus diariamente em um dos pontos da Praça Monsenhor Sarrion. Ela conta que já foi surpreendida com as fezes de pombo em sua roupa, enquanto aguardava o coletivo. "Já fui ‘bombardeada’ várias vezes. Um dos pontos positivos é que os pontos de ônibus, agora, possuem cobertura. Ao menos, temos abrigo e um lugar limpo para nos sentar", relata.

Márcia Ferri, 29, estudante de Radiologia, também diz que já foi surpreendida pelas fezes da ave enquanto esperava o transporte para ir à faculdade. "Estava de roupa branca, a caminho da faculdade, e eis que sou ‘sorteada’ por um deles", ironiza. Logo em frente, na Praça Nove de Julho, Antônio da Silva, 70, aposentado, diz que a medida não apresentou melhoras. "Acho que não funcionou. Continua a mesma coisa", relata.

Além da ineficiência do aparelho, outro problema apontado pelas pessoas é que muitos ainda persistem em alimentar as aves. "Muita gente continua dando milho e migalhas de comida. Eu sempre advirto o indivíduo quando presencio esta cena", diz Luiz da Silva, vendedor ambulante da Praça Monsenhor Sarrion, onde está instalada a Catedral de São Sebastião.

A Prefeitura de Prudente também sancionou uma lei em julho de 2014, que proíbe a alimentação de pombos em calçadas, vias, praças, prédios e demais locais de acesso público na zona urbana. A penalidade estabelece advertência e multa de mais de R$ 400 para quem descumprir a determinação. Na Praça Nove de Julho há placas com avisos sobre a proibição, mas não é respeitada. "O problema não se resume somente à sujeira. As fezes dos pombos podem causar doenças", destaca Izabel de Fátima Ribeiro, 60, professora.

De acordo com o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) do município, o acúmulo de fezes das aves pode resultar em doenças como criptococose, ornitose, alergias, histoplasmose, dermatites e salmonelose.

O titular da Semea (Secretaria Municipal de meio Ambiente), Wilson Portella Rodrigues, foi procurado pela reportagem para tratar do assunto, mas ele não quis fazer nenhum comentário e pediu que procurássemos a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação). A pasta também foi contatada pela reportagem, mas até o fechamento desta edição, não foi prestado nenhum esclarecimento.

 
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