O Brasil vive um dos momentos mais crescentes em instalação, geração e investimentos em energia solar fotovoltaica. De acordo com a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar), a capacidade instalada das grandes usinas e dos pequenos projetos ultrapassou a marca de 17 GW. Nesse ritmo, a fonte chegará ao dobro da capacidade, em apenas seis meses, se comparada à maior usina hidrelétrica nacional, Itaipu, que opera com 14 GW por mês.
A energia solar fotovoltaica equivale a 8,4% da matriz elétrica brasileira, ficando atrás da hidrelétrica e eólica. Tal crescimento é benéfico, pois reduz a pressão sobre os outros recursos que geram energia no país e reduzem o risco de aumento nas contas de luz da população.
Os projetos residenciais são os responsáveis por puxar o crescimento deste mercado. Pessoas que optam por gerar a própria energia buscando diminuir o valor da conta de luz já acumularam um total de 12 GW de potência instalada e mais de R$ 63 bilhões em investimentos na última década.
Douglas Andrade, fundador da Solar Power Photovoltaic, empresa com 11 anos no mercado e mais de 4,2 mil sistemas de energia solar instalados, explica que, apesar das grandes usinas darem a impressão de serem o carro-chefe da energia solar no país - por suas grandes instalações e expressivas gerações - é o modelo de geração distribuída que movimenta de fato a economia do setor.
“Para entender melhor, as grandes usinas são projetos voltados ao mercado livre e grandes consumidores, na sua maioria, o setor corporativo. Já a geração distribuída são as residências e pequenos negócios”, explica Douglas, que já faturou mais de R$ 167 milhões em vendas de energia solar nos últimos 11 anos.
A curva do crescimento da energia solar é expoente e não passa despercebida. Ainda de acordo com a Absolar, mais de 514 mil empregos foram gerados, além de investimentos na casa dos R$ 90 bilhões, tendo R$ 24,6 bilhões vindos de cofres públicos. A sustentabilidade também caminha ao lado da energia solar e nos últimos anos a geração de energia limpa já evitou a emissão de 25,5 milhões de toneladas de carbono.
Os próximos meses prometem um mercado totalmente acelerado por conta do aumento tarifário advento da Lei nº 14.300/2022, que instituiu o marco legal da micro e minigeração de energia distribuída.
Atualmente, o país encontra-se na 13ª posição entre os maiores geradores de energia solar do mundo e pode se tornar um dos principais mercados do mundo nos próximos anos, podendo atingir a marca de 54 GW de capacidade total até 2026 de acordo com “Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026”.
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