Judô e jiu-jitsu. As artes marciais se uniram e, juntas, arrecadaram do dia 15 de outubro até 5 de novembro, mais de 200 quilos de alimentos não perecíveis para doação a famílias carentes. Para pessoas que realmente necessitam de ajuda para sobreviver com o mínimo de dignidade. Especialmente neste momento em que tantos pais e mães de família perderam seus empregos por conta da instabilidade econômica que assolou o país com a pandemia do novo coronavírus.
Engajados nesta ação do bem, a ideia partiu do representante do judô, o sensei Caio Felipe de Oliveira Mendonça, 21 anos, da Dojo Caio Mendonça; e do jiu-jitsu, pelo professor Márcio Mendes, da Escola de Lutas M4BJJ.
“A fome é um adversário terrível, e neste período pandêmico teve um crescimento grande. Então pensei: ‘o que eu como faixa preta posso fazer?’. E cheguei à conclusão que poderia fazer o que faço de melhor, jogar de Ippon.... Daí lancei a campanha ‘Jogando a fome de Ippon’. O Ippon é um golpe perfeito no judô, o qual encerra a luta. Sei que a luta contra a fome está longe de acabar, mas fico feliz de ter dado este belo golpe em um terrível adversário”, destaca o sensei Caio.
Ele expõe que os alimentos serão destinados a Igreja Sinais de Deus, que fará a distribuição, e além de levar o alimento físico, levarão a palavra de Deus, que gerará um maior benefício às famílias necessitadas.
“É muito importante que o atleta não seja um faixa preta somente dentro do tatame, mas fora dele também! De que forma? Sendo um cidadão melhor e ajudando o seu próximo. Fiquei muito feliz em poder ajudar, e ter amigos que abraçaram a causa e fizeram dela um sucesso!”, se alegra Caio. Ao todo, ele conta que foram montadas nove cestas básicas, e sobraram alguns quilos de alimentos avulsos. “Buscamos com essa ação despertar a sociedade em geral a ajudar, e se mover nesta luta contra a fome”, enfatiza o mestre de judô.