Medalhista paralímpico é sinônimo de superação

Esportes - Daniela Silveira

Data 01/03/2013
Horário 11:13
Quando ainda bebê, o paraense de Marabá Alan Fonteles, hoje com 20 anos, teve as pernas amputadas por causa de uma infecção. Aos 8 anos, começou a correr com próteses de madeira improvisadas para praticar o atletismo, esporte que o encanta desde aquela época. Após lutas e desafios para conseguir patrocínio, o atleta conseguiu em 2007 próteses especiais para competições. Após a conquista nunca mais parou de correr.

Resultado? Currículo invejável, farto de façanhas como a conquista da medalha de ouro na Paralimpíada de Londres, nos 200 m, da categoria T44 (amputados abaixo do joelho), e da prata em Pequim, no ano de 2008, quando participou do revezamento 4x100 m.

Ele esclarece que a maior dificuldade para engrenar a carreira foi conseguir patrocínio. "No começo era complicado, pois eu precisava de materiais caros", lembra, ressaltando que apesar de tais percalços, tudo aconteceu muito rápido após adquirir as próteses especiais.

Mesmo com todos os prêmios, Fonteles ressalta que a humildade é uma de suas virtudes e essencial para manter o foco nas competições. "Quando eu ganho uma competição, aquela acaba, ou seja, sempre tenho que começar do zero, novos treinos, novas metas. Por isso, não tem como subir a prepotência a minha cabeça", diz, sabiamente.

 

Fonte de inspiração


Questionado sobre o futuro, o atleta relata estar confiante e espera ter bons resultados nas Paralimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, sendo quem sabe, fonte de inspiração para outras pessoas que possuem deficiência. "O conselho que eu tenho para dar às outras pessoas que estão na mesma situação que eu é não se acomodar. A família também precisa ter a iniciativa de fazer com que essas pessoas não fiquem tidas como aposentadas. O esporte é sempre uma boa opção, independente da modalidade. Eu nunca deixei me abalar pelas minhas necessidades", finaliza.
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