Municípios determinam levantamentos internos

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 16/05/2017
Horário 10:23
 

 

Todas as prefeituras citadas pelo MPE (Ministério Público Estadual), nas investigações de possível golpe cometido por um escritório de advocacia, em anos passados, foram procuradas pela reportagem de O Imparcial, na tarde de ontem, para comentar o assunto. No entanto, apenas o chefe do Executivo de Tarabai, José Roque da Silva Lira (PSD), e o secretário municipal de Relações Públicas de Mirante do Paranapanema, Vinícius Pinheiro, se manifestaram.

Apontou Roque que teve conhecimento de um inquérito sobre o contrato firmado pelo município com a empresa citada em janeiro, quando assumiu seu mandato. Afirma que já vai iniciar um processo para apurar o valor a ser despendido com a dívida e também com a multa, o que irá impactar os planos de governo.

"Quando entramos, procuramos saber tudo que tinha relacionado à administração. Constatamos que havia um inquérito civil que tratava sobre isso, mas até o momento não fomos notificados nem pelo MPE e nem pela Receita Federal", conta o prefeito. Roque ainda se diz preocupado com o caso. "Tudo que vier a acontecer com a Prefeitura é prejuízo, até por conta da falta de suporte financeiro que hoje enfrentamos. Aparentemente, o valor é alto, embora qualquer montante faça falta", diz.

 

Mirante

Sobre Mirante, Vinícius relata que o chefe do Executivo, Átila Ramiro Menezes Dourado (PRP), também determinou a realização de um levantamento interno para saber se, caso a Prefeitura tenha que arcar com possíveis multas e dívidas, o impacto que isso provocará nos cofres públicos. Ainda declarou que a administração municipal conta com certidão negativa de débito que comprova a inexistência de pendências. Ainda, ações criminais e civil pública tramitam envolvendo antigas administrações e o escritório envolvido.

"O que a empresa alegava é que a Prefeitura tinha a receber cerca de R$ 4 milhões em verbas indenizatórias e compensatórias, mas não sabemos ao certo quanto deste valor foi compensado, que é o termo que ela usava", pontua.

 

Sem resposta

Além das prefeituras de Estrela do Norte, Euclides da Cunha Paulista, Nantes, Ouro Verde, Pacaembu, Sandovalina e Tupi Paulista, a reportagem buscou posicionamento do proprietário do escritório de advocacia, acusado de fraude, Alécio Castellucci Figueiredo. No entanto, até o fechamento desta edição, não houve resposta.
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