O número de inscritos no Enem PPL (Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade) aumentou 8%, na área da Ceproeste (Coordenadoria de Execução Penal da Região Oeste), ao passar de 4.137, em 2024, para 4.475, neste ano. Com crescimento na participação pelo terceiro ano consecutivo, as provas serão aplicadas em 16 e 17 de dezembro.
O avanço reflete o trabalho dos servidores da Polícia Penal do Estado de São Paulo, que atuam na área da educação nos estabelecimentos prisionais, em parceria com a Secretaria Estadual da Educação, responsável por oferecer ensino fundamental e médio nas unidades prisionais por meio de convênio. Atualmente, cerca de 10,2% da população prisional paulista está inscrita no exame.
Porta de entrada para o ensino superior
O Enem PPL é uma oportunidade para reeducandos que concluíram o ensino médio acessarem o ensino superior por meio de programas como o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), Prouni (Programa Universidade para Todos) e Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).
A prova, organizada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), tem o mesmo grau de dificuldade do Enem regular, incluindo a redação. A única diferença está na aplicação, que ocorre dentro das unidades prisionais.
Além de abrir portas para a universidade, a avaliação contribui para a análise da qualidade da educação no sistema prisional e reforça a importância da inclusão social por meio do estudo. “A educação é um dos pilares para a reintegração social, e o aumento do Enem PPL reafirma esse compromisso em São Paulo”, salienta a Croeste (Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado).