Notas e Notinhas

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista que avisa: a vida é um boleto atrás do outro (ah, as contas do mês)

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 06/10/2020
Horário 05:32

Na manhã ensolarada, uma menina de uns 12 anos, no máximo, caminhava por uma rua de Prudente e até aí nada demais. O bacana mesmo era a camiseta que ela vestia por causa da frase inscrita na peça.
A vida é um boleto atrás do outro, dizia a frase e, pensando bem, é por aí mesmo. Parece que nascemos escalados para pagar contas o tempo todo. É sempre uma pilha de carnês, como diz o Fausto Silva.
E deixa de pagar pra ver o que acontece. A frase estampada na camiseta da garota diz tudo: a vida é um boleto atrás do outro. Ou seja: carnês e mais carnês, que a maioria da população não tem dinheiro suficiente para pagar.
Razão tem o cantor e compositor Zeca Baleiro: "Não tenho medo de morrer. Tenho medo do fim do mês". É por aí mesmo (o repeteco é intencional). O Zeca acertou na mosca e em outros insetos. 
Mas é o tal negócio: quem não faz dívidas corre o risco de não desfrutar de alguns bens de consumo essenciais. Lembrei-me do jornalista Joelmir Beting: "Quem não deve não tem", dizia ele. Tem muito rico que também está assim, ou seja, "tem, mas deve".
Por falar em contas, carnês, boletos e o escambau, os aposentados já podem "pegar um consignado" comprometendo até 40% da "rica aposentadoria". Baita fria, mas fazer o quê? 
Bom lembrar: aposentados têm três inimigos poderosos: queda, pneumonia e perito do INSS. Qualquer coisa reclamem com o bispo ou com o arcebispo. Em último caso, falem com o seu Chico, o nosso querido papa Francisco.

DROPS

Salário mínimo de R$ 25 mil... em Genebra (Suíça).

Bolsonaro abraçou Toffoli e o gado mugiu de raiva.

O custo de vida está cada vez mais custoso.

Sapo de fora também tem o direito de coaxar.
 

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