O adeus a Celso Paiane, o zagueirão que marcou a era de ouro da Prudentina

Ídolo do futebol prudentino esteve em campo em momentos históricos, como o acesso de 1961 e o amistoso contra o Santos de Pelé

Esportes - DA REDAÇÃO

Data 11/08/2025
Horário 15:02
Foto: Cedida
Celso Paiane e seu colega Vicente, com o Rei Pelé, no histórico jogo do Santos que empatou em 3 x 3 com a Prudentina, no estádio da Apea 
Celso Paiane e seu colega Vicente, com o Rei Pelé, no histórico jogo do Santos que empatou em 3 x 3 com a Prudentina, no estádio da Apea 

Na manhã de ontem, Presidente Prudente se despediu de um dos seus maiores nomes do futebol: Celso Paiane, o zagueiro que vestiu com orgulho a camisa da Apea (Associação Prudentina de Esportes Atléticos) e ajudou a escrever algumas das páginas mais gloriosas da história do clube. Aos 87 anos (completaria 88 no final do ano), Paiane partiu, deixando um legado de raça, técnica e amor pelo esporte. Deixou a esposa Terezinha, e os filhos Claudia Paiane e Marcelo Paiane. O sepultamento foi hoje de manhã, no Cemitério São João Batista.

Nascido em Regente Feijó, em 28 de novembro de 1938, Celso Paiane chegou à Apea em 1958. Começou como volante, mas sua versatilidade o levou a atuar também como zagueiro, função na qual se destacou pela firmeza na marcação e pelo espírito de liderança. Logo, tornou-se peça-chave da equipe que encantou a cidade e rivalizou com os grandes da capital paulista.

Seu nome está gravado na memória coletiva de Presidente Prudente por momentos inesquecíveis. Um deles foi o jogo de 5 de dezembro de 1961, no Estádio do Pacaembu, quando a Prudentina venceu a Ponte Preta por 2 a 0 na prorrogação, garantindo o acesso à divisão especial do Campeonato Paulista.

Outro capítulo marcante ocorreu em 1958, num amistoso contra o Santos de Pelé. A partida terminou empatada em 3 a 3, mas a fotografia tirada após o jogo — com o “Rei” ladeado por Paiane e pelo companheiro Vicente — virou símbolo de uma era em que o “Búfalo do Oeste” jogava de igual para igual com os gigantes do futebol.

Fora dos gramados, perto da cidade

Encerrando sua carreira como jogador em 1965, Celso Paiane optou por permanecer em Prudente, onde construiu sua vida ao lado da família. Pai de dois filhos e avô de dois netos, manteve-se como figura querida e respeitada por todos que o conheciam, seja pelo passado nos campos ou pela simplicidade no convívio diário.

Uma memória que o tempo não apaga

Com sua partida, encerra-se um capítulo importante da história esportiva local. Mas as lembranças de Celso Paiane — suas jogadas, seus duelos, suas vitórias e a forma como representou a cidade — permanecem vivas na memória dos torcedores e na história de Presidente Prudente. O “zagueirão” que ajudou a colocar a Prudentina no topo jamais será esquecido.

Cedidas

Celso Paiane, o zagueiro que marcou Pelé


Celso Paiane, aos 86 anos


Nesta foto histórica de 5 de dezembro de 1961, a Prudentina enfrentou a Ponte Preta no Pacaembu e, mesmo perdendo por 3 a 2 no tempo normal, garantiu o acesso à Divisão Especial do Campeonato Paulista com vitória por 2 a 0 na prorrogação. Em pé: Vicente, Fernandinho, Celso Paiane, Roberto, Mauri e Glauco; agachados: Reginaldo, Ademar Pantera, Claudio Garcia, Valter e Tomás

Publicidade

Veja também