Uma Plenária Extraordinária Geral dos Estudantes foi realizada no fim da tarde desta terça-feira, no Diretório Acadêmico 3 de Maio, da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), em Presidente Prudente. No encontro, que teve o tema “História, Luta e Resistência: Fascistas aqui não!”, o movimento estudantil aplicou tinta branca sobre pichações feitas na madrugada de domingo, em uma parede da sede do DA, em vermelho, com os dizeres “Hi, Hitler”, “88”, “1488”, além de um símbolo da suástica nazista.
O caso foi registrado em Boletim de Ocorrência nesta terça-feira, como crime ambiental e racial. A Polícia Civil trabalha para identificar os autores das pichações, um homem e uma mulher, que pularam uma grade para ingressar nas dependências da universidade, conforme demonstrado por imagens capturadas pelo sistema de monitoramento. Uma equipe do IC (Instituto de Criminalística) periciou o local.
“A direção da FCT da Unesp, câmpus de Presidente Prudente, vem a público manifestar seu repúdio às pichações com símbolos nazistas realizadas no prédio do DA de nossa unidade. O uso de símbolos associados ao regime nazista representa uma afronta inaceitável à democracia, aos direitos humanos, à memória das vítimas do Holocausto e aos princípios que regem a universidade pública, gratuita, laica e socialmente referenciada”, declarou a universidade, em nota divulgada em suas redes sociais.
“Tais manifestações não são meramente atos de vandalismo. São crimes previstos na legislação brasileira e ameaças concretas à convivência plural e respeitosa que deve prevalecer em qualquer ambiente educacional. A direção informa que, mesmo diante da anônima ação criminosa, fará o devido encaminhamento às instâncias competentes”, ressalta.
“A FCT Unesp reafirma seu compromisso com a defesa dos valores democráticos, da diversidade e do combate a todas as formas de preconceito, discriminação, intolerância e violência. Nossa comunidade acadêmica permanece unida em torno da valorização da ciência, da cultura, dos direitos humanos e da educação como pilares de uma sociedade justa e igualitária”, encerrou a universidade.
