A Polícia Civil, em conjunto com a Polícia Militar, deflagrou, nesta terça-feira, a Operação Sabará, com o objetivo de combater o tráfico de drogas e a associação para o tráfico em bairros de Presidente Prudente. Segundo a corporação, no total, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, resultando na prisão em flagrante de três homens - de 19, 22 e 24 anos - e na apreensão de dois adolescentes de 15 anos. Além dos objetos comumente utilizados para o fracionamento de drogas, foram apreendidas quantidades de crack e maconha.
A ação contou com a participação de 32 policiais civis em oito viaturas, além de três policiais militares do canil em uma viatura.
Os presos permanecerão à disposição da Justiça, aguardando audiência de custódia. Caso a prisão seja convertida em preventiva, eles serão encaminhados para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Caiuá, enquanto os adolescentes serão enviados para a Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) de Irapuru.
A Polícia Civil indica que as investigações tiveram início em meados de outubro de 2022, após o recebimento de denúncias anônimas relatando a atuação de dois indivíduos que utilizavam colaboradores para a venda de crack em um determinado bairro. À medida que as investigações avançaram, em 14 de dezembro de 2022, foram realizadas buscas nos endereços mencionados, resultando na apreensão de meio quilo de maconha e na apresentação de um adolescente que permaneceu detido por 45 dias.
Apesar dessa ação, as denúncias continuaram, o que levou a uma nova busca em 23 de janeiro deste ano, quando um adulto foi preso. Nessa ocasião, uma nova linha de investigação foi aberta, levando à prisão de outro suspeito de tráfico.
No entanto, novas denúncias surgiram, e, utilizando técnicas tradicionais de investigação, a Civil descobriu que, além do adolescente e do homem já presos, um novo membro da associação criminosa começou a realizar vendas de entorpecentes próximo aos endereços já investigados.
Por meio de imagens capturadas e com a colaboração de moradores, foi possível identificar não apenas as residências conhecidas, mas também outros endereços utilizados pela associação criminosa, além de veículos estacionados na rua para evitar suspeitas.
Conforme a corporação, os indivíduos que não estão diretamente envolvidos nas vendas atuam como "olheiros", usando sinais sonoros e gestos, muitas vezes ameaçando os próprios moradores do bairro.
Durante as investigações, foi constatado que ocorreram inúmeros chamados à Polícia Militar em um único endereço-alvo da operação, devido à intensa atividade de tráfico no local.
