Polícia Civil fecha laboratório de drogas em imóvel de alto padrão na Vila Geni

Ação resultou na prisão de três pessoas, entre elas um advogado e um estudante; outro detido já havia sido preso pela mesma delegacia

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 09/02/2021
Horário 11:02
Foto: Polícia Civil
Todo o material apreendido será analisado
Todo o material apreendido será analisado

A 2ª Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) fechou um laboratório de drogas que funcionava em uma residência de alto padrão na Vila Geni, em Presidente Prudente. Ontem, agentes estiveram no imóvel onde prenderam três homens que estão sendo investigados por tráfico de entorpecentes. 

De acordo com a delegacia da Deic-8 (Divisão Especializada de Investigações Criminais), o local era popularmente conhecido pelos usuários e frequentadores como “La Catedral”. O alvo começou a ser investigado depois de os policiais receberem diversas denúncias anônimas sobre a prática criminosa no endereço. 

Durante prévias diligências, constataram que a arquitetura da casa é “extremamente fechada”, conforme analisado pela Polícia Civil. No entanto, o fluxo de pessoas era intenso, o que mais parecia se tratar de uma república.

Devido à dificuldade de visualização interna, através de técnicas de investigação, as equipes reuniram informações que confirmaram o tráfico de drogas. Neste mesmo período, também chegou ao conhecimento da polícia que dentro da casa havia fracionamento, pesagem e embalo da droga, ou seja, um laboratório. 

Apreensões de drogas

Ontem, a Dise foi informada de que três pessoas estavam no endereço com “grande quantidade de drogas”. Diante disso, os policiais retornaram ao local onde foram recebidos por uma moradora que autorizou a entrada após ser informada sobre a denúncia.

Dentro da casa, os policiais encontraram os suspeitos, que negaram a existência de drogas. Dentre eles estava um homem de 26 anos que se identificou como advogado, porém, disse ter pedido a carteira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) – profissão que foi confirmada na Delegacia de Polícia Civil. Além dele, havia um estudante de 25 anos.

Logo que começaram as buscas, os policiais foram na parte de baixo do imóvel onde entraram em um quarto. Dentro do cômodo, foram encontrados entorpecentes, com resquícios que indicam fracionamento, bem como uma balança de precisão e vários invólucros para embalo e desembalo de drogas.

Com o auxílio do Canil do 8º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), encontraram mais entorpecentes que estavam numa biblioteca que também fica na parte debaixo do imóvel, ao lado do quarto onde encontraram vários entorpecentes - maconha e cocaína.

Ainda nas buscas, foi localizado em um guarda-roupas, um pote contendo maconha e um invólucro de papel filme com haxixe, drogas que o advogado acabou assumindo a propriedade.

Foram também apreendidos apetrechos para embalar entorpecentes, como papel filme, eppendorfs para armazenamento, uma tesoura e um funil para armazenamento de cocaína em plástico tipo zip. “No decorrer das buscas, verificamos que o veículo do denunciado estava estacionado no interior da residência, sendo localizado uma porção de cocaína involucra num plástico tipo zip”, afirma a polícia. 

Investigados assumem o tráfico

Em um primeiro momento, os investigados disseram que a droga seria de outro morador. No entanto, ao término das buscas confessaram a participação no comércio ilícito, mas afirmaram que, com exceção da droga encontrada no quarto da parte de cima, as demais seriam realmente de outra pessoa, que no momento não estava na casa. 

O acusado foi localizado logo depois, no centro da cidade. O homem de 27 anos alegou não morar no local, e não soube explicar o porquê de suas “idas e vindas”. Disse apenas frequentar a casa. De acordo com a Polícia Civil, em 2017, ele já foi preso em flagrante pela mesma delegacia.

“Ao ficar ciente dos fatos, de imediato disse que apenas faz uso do entorpecente, que não sabe por que disseram que a droga era de sua propriedade e enfatizou que a droga era de um outro indivíduo conhecido”, explica a polícia.

Apesar disso, os três envolvidos são considerados suspeitos pelo tráfico de drogas. Depois de passarem por audiência de custódia, permaneceram presos e aguardam o decorrer da investigação. Todo o material apreendido será analisado e contribuirá para o inquérito instaurado pela Dise. 

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