Os flagrantes de tráfico de drogas em Presidente Prudente têm sido bastante frequentes nas ações da 2ª Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes), da Deic-8 (Divisão Especializada de Investigações Criminais). Com o apoio da comunidade, os agentes chegam aos traficantes e consumidores, o que permite a identificação e prisão daqueles que estão no topo da hierarquia.
A delegada Adriana Ribeiro Pavarina Franco explica que a Dise trabalha com dois focos de investigação.
A primeira linha combate o chamado tráfico doméstico que, conforme a delegada, é aquele que perturba a tranquilidade dos vizinhos, ruas e bairros, e abastece as drogas para os usuários locais. “Esse trabalho investigativo é através dos disque-denúncia”, lembra, ao citar a importância da participação dos cidadãos.
Segundo Pavarina, o tráfico doméstico é uma porta de entrada para a prática de delitos periféricos - pequenos furtos, roubos e até mesmo crimes graves como homicídios. Quando combatido, consequentemente reflete nos indicadores criminais, que na região de Prudente apresenta índices positivos de redução.
Outro tipo de investigação é voltado para um porte ainda maior: o tráfico interestadual, responsável por alimentar o tráfico doméstico.
Cedida - Delegada Adriana Pavarina desenvolve ações policiais na 2ª Dise
“As últimas prisões foram sempre decorrentes dessas investigações, das denúncias”, expõe a delegada. “Se uma biqueira é fechada, o crime precisa se reorganizar para restituir o que foi perdido. Cada pequena prisão gera um transtorno bem grande para o crime”, salienta.
Alguns flagrantes da Dise de janeiro foram noticiados por O Imparcial. Dentre eles está a prisão de um rapaz de 18 anos no Jardim Santa Mônica, que além de drogas, também guardava grande quantidade de dinheiro proveniente do tráfico.
O mais recente ocorreu nesta semana, quando agentes estiveram por dois dias consecutivos na casa de um mesmo investigado, após denúncia de moradores do Conjunto Habitacional Ana Jacinta.
A nível interestadual, no ano passado foram deflagradas operações como Xeque-Mate, Perfídia e Taric. Na Perfídia, por exemplo, deflagrada em junho, houve o cumprimento de mais de 30 prisões temporárias na região, inclusive de um policial militar.
As detenções contribuem para desestruturar esquemas que envolvem o tráfico de drogas não apenas regional. A partir dos elementos colhidos e telefones apreendidos, o policiamento dá continuidade na investigação para posterior desdobramento com a identificação de mais pessoas envolvidas.
Esse trabalho pode ser ainda mais ágil caso houver a colabração da população, que pode e deve denunciar através dos canais do disque-denúncia; 197 da Polícia Civil, e 181. O anonimato é garantido.
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