Os moradores dos parques São Lucas e São Matheus e bairros adjacentes, em Presidente Prudente, terão que esperar "um pouco mais" para usufruir de todas as obras previstas para o Parque Ecológico Nelson Bugalho. Isso porque, pela terceira vez, a conclusão do espaço foi adiada. Agora, o término das construções pode ocorrer até julho, prazo final do contrato estabelecido entre a Prefeitura e a empresa Constrinvest, responsável pelos trabalhos no local. No entanto, conforme o gestor da Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), Marcos Tadeu Cavalcante Pereira, o Executivo estima que a conclusão ocorra até o fim de abril.
Quando os trabalhos começaram, em 12 de janeiro de 2015, o roteiro era concluir as ações em seis meses. No entanto, o término foi estendido para outubro do mesmo ano. Ao chegar ao mês referido, uma nova data foi estabelecida pelo Executivo, fixando em março de 2016 o limite para finalizar os serviços. Pouco mais de um mês para o prazo findar, a Prefeitura prorroga, mais uma vez, o prazo contratual com a prestadora de serviços. Desta vez, conforme divulgado nos atos oficiais deste diário na terça-feira, o contrato foi "esticado" para mais 176 dias, com vigência até 3 de julho.
A obra do Parque Ecológico está orçada em R$ 3.159.137,66 e é executada pela administração municipal em parceria com o Estado, por meio do FID (Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Justiça e Defesa da Cidadania. Quando estiver pronto, e se seguir o que foi projetado, o parque contará com pistas de caminhada, trilhas ecológicas, bancos, espaços esportivos, postes de iluminação, entre outras benfeitorias, distribuídas pelos 160 mil m² de extensão do local.
Aditivo de prazo
Segundo Marcos Tadeu, houve um aditivo de prazo, a partir da prorrogação do convênio entre a Prefeitura e o Estado. Ele esclarece que a assinatura do convênio ocorreu em dezembro de 2015. Além do período de renovação, o secretário lembra que os trabalhos também foram suspensos em vários dias, devido às constantes chuvas que atingiram a cidade e região no começo deste ano.
Devido à intensidade de precipitação, o responsável pela Secom diz que vários pontos foram afetados e tiveram que ser refeitos, fato que atrasou novas ações. Além disso, Marcos Tadeu diz que houve um período de alterações no projeto inicial do empreendimento, o que, de acordo com ele, "também influenciou nas previsões de término".
Embora serviços tenham que ser refeitos e atrasos tenham sido constatados, o secretário esclarece que não houve qualquer mudança no valor estipulado. "Não tem aditivo de orçamento", esclarece. Pontua ainda que, ontem os trabalhadores davam seguimento nas atividades programadas no local.
"Muito atrasada"
Para os moradores, a entrega do parque está "muito atrasada". Eles garantem que só veem o prazo ser prorrogado, mas nada de as obras serem terminadas. "É uma obra aguardada por todos os moradores", lembra a cabeleireira Dalva de Oliveira Cesco, 50 anos. Para ela, o espaço "está abandonado" e, com isso, o que foi feito já está com problemas. "Tem vários pontos quebrados. Isso é por causa da demora em concluir tudo", considera.
O aposentado Rubens Campos, 71 anos, e o comerciante Vagner Miyoshi, 55 anos, também concordam que as construções estão "atrasadas" e dizem que os responsáveis teriam que se "empenhar em concluir logo" todas as construções. "A demora é grande", acrescentam.
