Quem sabe, a paz!

OPINIÃO - Rosana Borges Gonçalves

Data 03/12/2022
Horário 04:30

O clima tenso, que tomava conta do país por conta da escolha do novo presidente do Brasil, foi atenuado com a chegada da Copa do Mundo de 2022. No Brasil, o esporte estava longe de ser a principal notícia do dia. Pouco se falava de futebol, exceto àqueles que não vivem sem seus times de coração. 
Diferentemente de hoje. Presenciamos ruas decoradas, a torcida animada e o olhar para o esporte já começou a transformar muitos lares. Crianças que quase não saíam da frente de suas telas de computadores ou celulares, quem sabe hoje já até se arriscam em “bater uma bolinha” e se aventurar no mundo do futebol! De acordo com levantamento interno realizado pela Tecnofit, principal plataforma de gestão fitness do Brasil, as escolas de futebol viram o número de alunos crescer em 20% no trimestre de julho a setembro deste ano. 
Conversas tensas e inacabáveis sobre ideologias políticas cederam lugar para um papo leve e descontraído sobre o próximo jogo da nossa seleção.
Um esporte capaz de melhorar o clima de um país inteiro, com força para fechar comércios, escolas e pontos de trabalho. Capaz até de amenizar algumas normas, como a própria CLT (Consolidação das Leis de Trabalho), onde esta deixa claro que não existe nenhum artigo estipulando que é obrigação do empregador liberar o empregado mais cedo para assistir ao jogo. E mesmo assim este o faz.
É o futebol cumprindo sua função social de trazer saúde, qualidade de vida, respeito e união. Este mesmo esporte que mudou a vida de tantos craques, como Neymar, Pelé, Ronaldo fenômeno e muitos outros, e que continuará servindo de ponte para garotos que sonham um dia serem também craques de futebol, hoje tem a missão de unir o país novamente. A estes que sonham um dia serem como seus ídolos: com disciplina, garra e determinação, é claro que podem chegar lá, é só acreditar!
Diante deste pequeno relato, é evidente que ainda temos muito o que refletir sobre o futuro político e social de nosso país. Porém, que façamos isso como no esporte, de maneira saudável, entendendo limites e respeitando nossos, até então, adversários. E, se porventura, o título de campeão mundial ser da nossa seleção, ótimo! Mas, se por acaso não for dessa vez, o futebol do Brasil na Copa do Mundo de 2022 já nos trouxe algo muito maior do que o próprio título. Trouxe-nos o que é imprescindível nos tempos mais conturbados. Nos trouxe, quem sabe, a paz!
 

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