O DRS (Departamento Regional da Saúde) 11, com sede em Presidente Prudente, opera na fase laranja do Plano São Paulo desde o dia 6 de julho, ou seja, há quase dois meses. A expectativa era de que a evolução fosse gradual, mas a situação permaneceu da mesma forma a cada semana. Diante disso, e com base na última atualização do governo do Estado de São Paulo, a 11ª, representantes regionais solicitaram ao Executivo estadual que seja feita uma reavaliação regional, a fim de que o departamento seja colocado na fase amarela.
O pedido foi feito com base num documento assinado e expedito pelo deputado estadual Mauro Bragato (PSDB), e o Conselho Municipalista. No ofício, eles fazem uma comparação, com base nos números da Secretaria Estadual de Saúde, com outros DRSs que possuem números piores que Prudente e, mesmo assim, estão na fase três do plano.
“Fazendo uma análise comparativa entre as regiões de Barretos [fase amarela] e Presidente Prudente [fase laranja], infere-se que a taxa de ocupação dos leitos UTI [Unidade de Terapia Intensiva] em Presidente Prudente está em 66,4%, enquanto Barretos está em 72,9%, demonstrando claramente” que há mais leitos vazios em Prudente do que no outro município, conforme apontam no documento.
Além disso, os representantes ainda detalham que Presidente Prudente consta com 1,11, enquanto Barretos consta com 1,10, número de novos casos, no período de sete dias; que o número de internações está em 49,5% e 74,3%, respectivamente, na cidade prudentina e em Barretos; bem como o número óbitos por 100 mil habitantes, Prudente conta com 6,1 e Barretos com 9,4. O documento não deixa de apontar, ainda, comparações com a capital paulista.
A partir das análises técnicas, reivindicaram, diretamente do governador João Doria (PSDB), que seja reconsiderada a classificação da região de Presidente Prudente.
Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Regional, por intermédio do secretário Marco Vinholi, disse que dialoga com os prefeitos para bom entendimento das ações de combate ao coronavírus e cumprimento do Plano São Paulo. “O pleito foi recebido e será encaminhado para avaliação do Centro de Contingência do Coronavírus”, completa.
Mas lembra que os decretos e ações dos municípios precisam observar a classificação dada pelo Plano São Paulo, que foi baseada no panorama de evolução da doença e na capacidade hospitalar dos DRSs. Sendo assim, “as prefeituras devem respeitar a determinação estadual”, pontua.
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