Rocam atua no combate aos crimes de maior gravidade

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 19/05/2020
Horário 10:10
Weverson Nascimento - Treinamentos ocorrem dentro e fora do Quartel da Polícia Militar, em Prudente
Weverson Nascimento - Treinamentos ocorrem dentro e fora do Quartel da Polícia Militar, em Prudente

A motocicleta tem uma característica específica no trânsito: melhor mobilidade. Na Polícia Militar do Estado de São Paulo o veículo também é integrado no radiopatrulhamento com esse mesmo objetivo, o que permite agilidade ainda maior no atendimento às demandas da sociedade. Na Companhia de Força Tática do 18º BPM/I (Batalhão de Polícia Militar do Interior), em Presidente Prudente, a corporação conta com o apoio da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicleta), que desempenha o patrulhamento de combate aos crimes de mais gravidade.

“A maior parte das ocorrências atendidas pelas equipes da Rocam e Força Tática envolve o tráfico de drogas, apreensões de armas, roubos e homicídios”, afirma o comandante interino da Companhia, 1º-tenente PM Massami Roberto Tanaka Júnior. Mas, para chegar ao controle dos índices é necessário análise, estratégia e treinamento constante.  E são nos locais em que as viaturas de polícia não conseguem adentrar, que o apoio das motocicletas se torna essencial para combater a criminalidade.

“Aqui não temos problemas de trânsito intenso, como na capital. Mas, às vezes, ainda esbarra com essa situação”, lembra Massami. “No entanto, temos focado o serviço da Rocam na entrada em locais onde a viatura de quatro rodas não adentra”, explica, citando como exemplo as vielas, pastos e parques que, segundo o tenente, são locais de frequentes ocorrências envolvendo tráfico e consumo de drogas.

TREINAMENTO

É CONSTANTE

Para trabalhar com as motocicletas, é preciso conduzir bem o veículo e estar preparado conforme as instruções de policiamento tático. Para tanto, os policiais fazem treinos constantes para evitar que possíveis obstáculos impeçam o desempenho militar. No batalhão, a capacitação ocorre no Quartel do CPI-8 (Comando de Policiamento do Interior), mas também pode ser feita fora dele.

“Andar [de moto] todo mundo anda, mas conduzir com técnica nem todos fazem”, afirma o cabo PM Alexandre Tadeu Bonilha Merino, na Rocam há mais de 20 anos. De acordo com Merino, além da subida e descida de barrancos e escadas, os policiais também montam circuitos, por exemplo, sinalizados com cones e pneus que simulam obstáculos reais “para adquirir mais experiência na condução em terrenos difíceis”, salienta.

“É um risco a mais que o policial corre do que em uma viatura quatro rodas por conta da exposição”, lembra o cabo. Merino aproveita e alerta para que a população se conscientize quanto à condução do veículo de duas rodas. “Todos estão apressados para poder andar com a motocicleta, e não respeitam muitas vezes as leis de trânsito. Acidente com moto custa muito caro para o motociclista”.

Fotos: Weverson Nascimento

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