Turismo pode ser um projeto socioeconômico!

Nestes tempos, em que as cidades buscam alternativas para gerar empregos e renda, temos percebido um crescente interesse pelo turismo na área pública, principalmente o turismo de aventuras, o religioso e o de negócios. Quando nos perguntam sobre a viabilidade do turismo enquanto mecanismo gerador de desenvolvimento urbano, não resta dúvida que a resposta é sim!

O turismo, embora poucos saibam, é classificado como um setor industrial e tem uma significativa participação na economia brasileira, respondendo por mais de 8% do PIB (Produto Interno Bruto) e gerando emprego para cerca de 7 milhões de trabalhadores brasileiros. Em 2019, o turismo gerou uma participação de 10,4% no PIB mundial, uma alta de 3,9%. O crescimento do setor ficou à frente de ramos como o de cuidados com a saúde (3,1%) e tecnologias da informação (1,7%), perdendo apenas para o de manufaturas (4%).

Quanto à viabilidade para implantação de um polo turístico numa cidade como Presidente Prudente, também não temos dúvidas. Havendo vontade política e capacitação, será possível criar e implantar diversos recursos para atrair turistas. Uma área totalmente ajardinada, como o Parque do Povo, por exemplo, já serviria como um belíssimo e excelente postal turístico.

Neste setor, a criatividade é o limite e tudo é possível desenvolver. Não precisamos necessariamente de atrações naturais e altos investimentos públicos. Empreendimentos como áreas de lazer, entretenimento, museus e eventos, podem ser implantados em qualquer lugar, inclusive com parcerias da iniciativa privada.

Entretanto, quando nos referimos à viabilidade do turismo como projeto de desenvolvimento socioeconômico de uma cidade, temos uma importante observação a considerar: entendemos que o governo municipal não deva ser o gestor dos empreendimentos turísticos, pois não é função do governo empreender ou administrar qualquer processo industrial. Ele deve ser um facilitador.

Neste caso, para o turismo ser viável, os governos municipais devem implantar programas integrados para facilitar os investimentos através de diretrizes que atendam os anseios e necessidades da comunidade, direcionando os recursos e equipamentos públicos de tal maneira que os cidadãos tenham orgulho de receber seus visitantes. Com qualidade na gestão pública, o turismo será sempre bem-vindo!

 

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