Uma caravana, mil histórias: Fúria Prudentina marca presença no jogo do acesso do Grêmio 

Após calar o Estádio do Canindé no ano passado na Copa Paulista, torcida esteve na bancada do Estádio Bruno José Daniel, em Santo André, na manhã de ontem

Esportes - CAIO GERVAZONI

Data 22/04/2024
Horário 17:38
Foto: Caio Gervazoni
Cerca de 90 torcedores reuniram-se no antigo Rodoserv em PP, para subir em dois ônibus que, por volta das 23h30 do sábado, rumaram para Santo André
Cerca de 90 torcedores reuniram-se no antigo Rodoserv em PP, para subir em dois ônibus que, por volta das 23h30 do sábado, rumaram para Santo André

Não há como se falar da ascensão do Grêmio Prudente no futebol estadual sem citar o apoio da torcida organizada Fúria Prudentina. Depois de calar o Estádio do Canindé no ano passado na Copa Paulista, a torcida marcou presença na bancada do Estádio Bruno José Daniel, em Santo André, na manhã de ontem na subida de divisão do Carcará. 

Na obra “Futebol ao Sol e à Sombra”, o escritor uruguaio Eduardo Galeano diz que “jogar futebol sem torcida, é igual dançar sem música”. A música da Fúria Prudentina que embalou o acesso foi a seguinte: “Chama Samu! Chama Samu! No jogo do acesso, o Cachorrão tomou caju [sic]!”.

Antes da euforia com a vibração da conquista da vaga na A2 por volta do forte sol do meio-dia no ABC paulista, cerca de 90 torcedores - entre crianças, jovens adultos, casais e idosos – reuniram-se no antigo Rodoserv na noite anterior em Presidente Prudente, para subir em dois ônibus que, por volta das 23h30 do sábado, rumaram para Santo André. 

Uma parte dos torcedores foi no ônibus dos solteiros e a outra rumou no coletivo dos casados. A reportagem de O Imparcial esteve presente no ônibus dos solteiros e acompanhou a história do acesso sob a ótica dos torcedores.

As figuras da caravana

Figura carimbada nos jogos do Carcará no Prudentão, o senhor Adílson Juan era um dos mais animados na ida. Outros torcedores que estavam no ônibus disseram que a animação era tanta que por vezes parecia que Adílson estava falando em árabe ou em mandarim. A euforia na ida causou uma lesão na canela do torcedor, que não viu um cooler no corredor do ônibus e caiu após tropeçar na caixa térmica. Ao final do jogo, Adílson estava com os olhos em lágrimas por ver a história do acesso gremista sendo escrita in loco. Na volta, pouco se escutou o senhor Adílson. 

Outra figura animada era a do autônomo Fábio Bezerra Pereira, o Fabinho. Responsável por tocar o repinique na arquibancada, o torcedor da Fúria Prudentina estava mantendo a barba por aparar como promessa para o acesso do Carcará. 

Murilo Aguilar/Grêmio Prudente

Alguns comentários dos companheiros de torcida no ônibus indicavam que Fabinho estava semelhante ao líder sem-terra José Rainha Júnior

O carisma do torcedor conseguiu alguns fardos de cerveja para a torcida na volta quando a delegação do Grêmio Prudente chegou ao local onde a Fúria Prudentina almoçava no restaurante Parada Hum, às margens da Rodovia Castello Branco, no município de Araçariguama. 

A delegação foi recepcionada com festa pela torcida organizada. Para além dos cânticos de apoio, o momento foi de fotos e conversas com os jogadores. 

Na volta, o ônibus dos solteiros apresentou um problema no ar condicionado, o que retardou em alguns minutos à chegada em Presidente Prudente. O coletivo chegou por volta das 22h30 e depois da chegada do ônibus dos casados e da delegação do Grêmio Prudente, a festa continuou nas ruas adjacentes ao Parque do Povo.  

Caio Gervazoni

Delegação do Grêmio Prudente foi recepcionada com festa pela torcida organizada no restaurante Parada Hum, às margens da Castello Branco, em Araçariguama

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