Uma decisão Complexa!

O Complexo Turístico Cidade da Criança é uma das principais áreas de lazer de Presidente Prudente e região. Com 172 hectares, o espaço ecológico, construído pelo ex-prefeito Agripino Lima e que funciona desde 1996, ao longo dos anos ganhou aviário, zoológico, pedalinho, parque de diversões infantil, kartódromo, observatório e planetário, e a partir de 2011, o Parque Aquático.

Com gasto atual de R$ 4,2 milhões (ano), fato é que o Parque Aquático sempre gerou desequilíbrio econômico ao município. Sua construção levou, entre idas e vindas, 10 anos para ser concluída. Eis que surge agora uma proposta, anunciada pelo próprio prefeito, da criação de um CIT (Centro de Integração Turística), próximo daquele local.

A ideia é muito válida, posto que irá gerar novas opções e local para eventos, inclusive um novo hotel temático em meio à reserva de Mata Atlântica. Todavia, a forma como está sendo apresentada, ao nosso ver, s.m.j., está equivocada (!), pois não irá estancar a contínua destinação de verbas públicas à sua manutenção.

Vejamos: desde 2017 a sociedade civil cobra a viabilidade de concessão do espaço, pois como é sabido, todo complexo gera repasses anuais dos cofres públicos em torno de R$ 7,1 milhões, ou seja, mesmo com a privatização do Parque Aquático, modelo anunciado oficialmente que mantém a fauna e flora sob gestão do município, ainda arcaremos com montante expressivo dos cofres públicos, mais de R$ 3 milhões anuais.

Além disso, desde sua inauguração, o complexo enfrenta a saga pelo licenciamento ambiental, cuja obtenção foi objeto de promessa recente do secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido. O complexo ainda enfrentou no passado riscos de fechamento, com alguns de seus grandes atrativos.

Seria mais crível que o CIT fosse licitado em conjunto com toda a Cidade da Criança, antecedido de uma chamada pública para atrair empreendedores interessados. O modelo de privatização mais viável seria a concessão, pois os bens continuam da Prefeitura, mas os serviços e investimentos são transferidos para o setor privado.

Muita água ainda há de passar por debaixo dessa ponte, mas é preciso mais transparência com a população, demonstrando claramente se valores continuarão sendo gastos com cada parque e por que tal decisão não foi tomada antes, até para que não agravasse a atual crise econômica que Prudente vive. Lição de casa importante para o Sr. Prefeito e seu competente secretário!

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