Valei-me São Valentim

Roberto Mancuzo

CRÔNICA - Roberto Mancuzo

Data 13/06/2023
Horário 06:00

Respeito firmemente quem faz opção por não namorar, mas preciso ser bem categórico: é com o namoro que a vida faz sentido.
A gente comemora o Dia dos Namorados em uma reverência a São Valetim (por isso que nos EUA chama-se Valentine´s Day). Valentim era um padre que viveu sob o império romano de Cláudio II, cerca de 3 d.C. O imperador não queria nesta época que seus soldados se casassem porque o namoro tiraria o foco dos homens para as batalhas e fez uma dura marcação para que esta regra valesse. 
Valetim, porém e por sua vez, não admitia que as pessoas não pudessem viver o amor e começou a realizar casamentos clandestinos. Fez muitos, centenas deles, uniu muitos casais até que um dia foi descoberto e preso. O imperador ainda tentou perdoá-lo desde que ele renunciasse à fé cristã, mas Valetim manteve-se firme em seus propósitos e por isso foi condenado à morte, apedrejado e decapitado. O dia era 14 de fevereiro e esta data marca, então, o Dia dos Namorados em todo mundo. No Brasil, por uma questão de marketing e conveniência, optou-se por colocar a comemoração em 12 de junho, um dia antes do dia 13 de junho, dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro. 
Enfim, histórias e datas que pouco importam se o que vale mesmo é o amor entre duas pessoas. É o gosto de acordar e ter alguém em quem botar todas as esperanças de que o dia será muito bom porque ela justamente existe. Quer fenômeno mais simples e complexo ao mesmo tempo?  
Não à toa que namorados vivem também em pé de ansiedade porque apesar das juras, sempre há pontas que ficam soltas e precisam ser cuidadas diariamente. Na adolescência, pouca atenção se dá a isso e por esse motivo também, namoros vêm e vão ao sabor do vento.
 Mas conforme a vida avança, o namoro se impõe cada vez mais, exige muito mais compromisso, coerência, disponibilidade e amor, claro. E há aqueles que se comprometem mais e depois se casam, têm filhos, formam uma família, vivem a seriedade da vida adulta, constroem uma grande vida juntos e não veem a hora sabe de quê? De ficar em paz para poderem namorar um pouquinho, assim como era antes, como sempre foi, com beijinhos e arrepios, dramas e felicidades, com palpitações e a sensação única de que o mundo é realmente um lugar que vale a pena estar. Mas estar junto e não sozinho! Viva o amor! Valei-me São Valentim!
 

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