Vítima de AVC, Zé da Lona falece aos 79 anos

PRUDENTE - Victor Rodrigues

Data 12/03/2016
Horário 09:22
 

João Aparecido de Souza, o famoso comerciante Zé da Lona, faleceu na quinta-feira, aos 79 anos, na Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente, em decorrência de um AVC (acidente vascular cerebral) grave, enquanto era submetido a uma cirurgia cardíaca. "Ele teve o AVC durante a cirurgia, ficou em coma e não voltou mais", comenta Ana Maria César de Souza, esposa da personalidade do comércio prudentino. Segundo ela, Zé da Lona teve um infarto leve há pouco mais de uma semana, e os exames o levaram à cirurgia, ocorrida na segunda-feira. "Ele ainda ficou em coma por mais dois dias, e veio a falecer na quinta-feira, por volta das 14h. Antes disso, seu estado de saúde era normal", explica.

Proprietário do Autopeças Zé da Lona, João Aparecido era conhecido por sua expressão no mercado com slogan: "Ele não faz questão de lucros. O que ele quer é movimento!". O comerciante estava aposentado há cerca de 15 anos e vendeu seu empreendimento. Zé da Lona também foi porta-voz regional do Sincopeças (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo).

Jornal O Imparcial João Aparecido de Souza

De acordo com o jornalista Altino Correia, que o entrevistou para seu blog "Memórias de um Repórter do Interior", em 2008, Zé da Lona deu início às suas atividades no ramo de autopeças em 1950, em Prudente. Depois foi para Rio Claro (SP), onde montou uma empresa com o nome de Auto Peças Leão. Em 1960 retornou para Prudente, onde recomeçou sua trajetória comercial que visava atingir o caminhoneiro através do atendimento nos serviços de fornecimento de lonas para freios. Daí, o nome fantasia: Zé da Lona, que se tornou famoso em boa parte do país, devido aos slogans que causaram impacto.

De acordo com a matéria do blog, o rádio, especialmente os programas de esportes, é que dava o maior retorno para as vendas na época, e proclamava: "Zé da Lona não faz questão de lucros. O que ele quer é movimento! E que movimento!", cita. "Ele era muito querido, tanto pelos comerciantes como por seus clientes", relata Altino.

Ana Maria diz que o marido era uma figura exemplar. "Trabalhador, animado, um excelente esposo e também sempre foi um pai presente", frisa. Seu corpo foi velado no Velório Athia e o sepultamento ocorreu ontem, no Cemitério Municipal Campal. Além da esposa, ele deixa três filhas e duas netas.
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