Educação, o que fazer?

OPINIÃO - Arlette Piai

Data 12/05/2020
Horário 04:11

O coronavírus deixou evidente que o Brasil, nona economia do mundo, assustadoramente está entre a maior miserabilidade do mundo. Quem precisa de educação de qualidade são principalmente os mais pobres, favelados, porque estes têm - na Educação - única oportunidade para sair do estado de indigência. E se não tiverem concretizado esse direito, jamais mudará o perfil da nossa nação. 

Mas o que os municípios, responsáveis pela infância, estão fazendo? Em Presidente Prudente, na gestão anterior, na Escola Odette Duarte da Costa, a mais carente da nossa cidade, existiam alunos analfabetos do 3º até o 5º anos, com aprendizagem, comportamentos e atitudes lúgubres. Para transformar vidas, a secretária da Educação, professora Ondina Gerbasi, solicitou à supervisora Mara de Amaral a implantação de plano piloto. Esta o fez com a equipe: diretora Sirlei Oliveira; a professora da Unesp (Universidade Estadual Paulista), Onaide Schwartz; e com o corpo docente da escola com os quais eu trabalhei redação.

Resultado: Salto considerável na aprendizagem, formação de princípios éticos, mudança de atitudes dos alunos e da comunidade. Esta passou a reconhecer a escola como um espaço educativo dos seus filhos e com poder de mudar o “destino das suas vidas”. 

Seria, portanto, óbvio seu prosseguimento em outra escola. Entretanto - inexplicável -, a nova secretária da Educação, Sônia Pelegrini, sepultou o plano piloto. Este que deixou marco histórico no nosso município, com resultado comprovado pelo Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). As melhores escolas públicas do Brasil, leitor, estão no Ceará. Em Prudente, a maior nota do Ideb em 2017 foi a do Bosque (Escola José Soares Marcondes), com 7,4. No Ceará, todas bem sucedidas, e a de Sobral atingiu 9,8.

Segredo? 1. Investimento nos salários dos professores pela meritocracia. 2. Repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) conforme o desempenho da escola: quanto melhor, mais abrem-se os cofres da Prefeitura. 3. Participação ativa dos pais e comunidade. 4. Aproveitamento das experiências que deram certo em outras escolas. É isso aí! Vamos nos unir, leitor, pra ser um dia “Ceará”. Com sua participação e também comunitária, podemos chegar. 

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