Após reajuste da Petrobras às distribuidoras, gasolina está R$ 0,68 mais cara em Prudente

Nesta sexta-feira, passou a valer o reajuste de preços de venda de gasolina e diesel ofertado da Petrobras para as distribuidoras, após 57 dias sem aumento. Em consequência dessa alta, o preço do litro da gasolina em Presidente Prudente é ofertado nas bombas até R$ 0,68 mais caro do que os valores praticados em janeiro deste ano. Há aproximadamente três meses, o preço médio da gasolina era R$ 6,28. Ontem, portanto, a reportagem encontrou valores médios que chegaram a R$ 6,96 no que diz respeito à gasolina.
Antes de dar sequência neste material, é válido ressaltar que, antes mesmo de chegar à bomba, no caso da gasolina, por exemplo, há outros componentes somados ao valor do combustível, como a realização Petrobras, impostos dos governos federal e estadual, custo etanol anidro, distribuição e revenda e ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), como detalhado pela própria empresa estatal de economia mista.
O Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), por sua vez, explica que hoje, um posto de Prudente e região ganha de R$ 0,30 a R$ 0,40 por litro de produto – referente à gasolina e etanol. Em um exemplo, detalha que, dos R$ 0,40, que é a diferença do preço de compra e o preço de venda, o posto tem um custo R$ 0,30, seja com energia elétrica, manutenção de bomba, folha de pagamento de recursos humanos, entre outras despesas. Portanto, o posto de combustível não ganha os R$ 0,40 livre. “O posto ganha R$ 0,40 para descontar todos os custos operacionais dele. Então, dos R$ 0,40 de margem, o posto gasta R$ 0,30 com custos operacionais, e sobra R$ 0,10 de lucro”.
O sindicato ainda ressalta que, enquanto o posto tem R$ 0,10 de lucro, o Estado, por exemplo, somando todos os impostos, “fica com mais de R$ 3 no valor do litro do combustível”. 

Petrobras para as distribuidoras

Em nota, a Petrobras afirmou que esse movimento vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil, que já promoveram ajustes nos seus preços de venda. Contudo, reforça que, apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo.
“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário promover ajustes nos preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, apontou. 
Adicionalmente, a redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia, regularmente exportados para países do ocidente, faz com que seja necessária uma condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata, e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil, enfatiza a Petrobras.
De acordo com a empresa estatal de economia mista, desde ontem o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,44 por litro.
Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro.
“Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade”, detalha. “Dessa forma, reiteramos nosso compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações para cima e para baixo, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”, acrescenta a estatal.

Fonte: Consulta aos postos

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