Decisão judicial garante acesso aos campi da Unesp

A Unesp informou que irá registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil “em caso de entendimento da direção da unidade de que há descumprimento da liminar".

PRUDENTE - Bruno Saia

Data 31/07/2014
Horário 08:28
 

Uma decisão da Justiça de São Paulo determinou na terça-feira que os trabalhadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) estão proibidos de promover ocupações nos campi e de impedir a entrada em prédios administrados pela instituição. Foi estipulada uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento. De acordo com o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), a liminar atende a um pedido da Reitoria da universidade, a qual solicitou que os manifestantes fossem proibidos de impedir o trabalho dos funcionários que não aderiram à greve da categoria. Da decisão cabe recurso.

Jornal O Imparcial De portas abertas, Clínica de Fisioterapia da Unesp mantém atendimentos parciais

"Os portões de acesso para os veículos estarão fechados, mas não impediremos a entrada dos pedestres", informa o diretor do Sintunesp (Sindicato dos Trabalhadores da Unesp), Adenir dos Santos Cardoso. "Não haverá nenhum impedimento no acesso aos prédios", completa. "Nós faremos uma ação de recepção a quem vier para a universidade, com o objetivo de debater os assuntos relacionados à greve e às reivindicações", detalha o presidente do Adunesp (Associação de Docentes da Unesp), Ricardo Pires de Paula. "Isso será feito sem impedir a entrada de ninguém no campus", explica. A Unesp informou que irá registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil "em caso de entendimento da direção da unidade de que há descumprimento da liminar".

Uma reunião do Conselho Universitário da Unesp, marcada para a manhã de hoje, motivou a preocupação da diretoria por conta dos protestos previstos anunciados. "Nesta reunião serão debatidas questões administrativas e financeiras da universidade e nós acompanharemos o encontro concentrados em uma das entradas do campus", afirma o representante da Adunesp.

A Reitoria ofereceu um aumento do vale-alimentação, que passaria de R$ 600 para R$ 850, o que não foi aceito pelos grevistas. "Nosso entendimento é que isso foi uma provocação, pois não contempla os aposentados", destaca Pires de Paula.

 

Clínica de Fisioterapia

A Clínica de Fisioterapia da Unesp de Presidente Prudente, que também esteve fechada por conta da paralisação que iniciou no dia 26 de maio, voltou a funcionar parcialmente na segunda-feira. Porém, a universidade destaca que novos pacientes não deverão procurar a unidade, pois apenas pacientes que forem contatados pelos residentes e especializandos serão atendidos. De acordo com a instituição, quem precisar do atendimento deve continuar procurando as Unidades de Saúde e o Centro de Referência de Fisioterapia da Prefeitura de Presidente Prudente.
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