Eles não param em meio à pandemia: muitos profissionais merecem ser lembrados

EDITORIAL -

Data 02/10/2020
Horário 04:12

Desde que a pandemia do novo coronavírus foi decretada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em 11 de março, a recomendação principal continua sendo a mesma: fique em casa. Infelizmente, mesmo com 4,8 milhões de casos e mais de 144 mil mortes no Brasil, confirmadas até ontem, muitos insistem em levar uma vida normal. Poderiam estar cumprindo o isolamento social, mas não. Viajam, participam de festas, se reúnem com amigos, saem sem máscaras e até mesmo com sintomas. 
Já outros, que gostariam de estar em casa, porque sabem o perigo que enfrentam e o risco que correm, precisam estar nas ruas, trabalhando. Não só pelo dinheiro. Mas porque são serviços essenciais, que não podem parar.  
Quando falamos em pessoas que atuam na linha de frente na batalha contra a Covid-19, pensamos logo nos médicos, enfermeiros, profissionais da saúde em geral, que têm contato com os contaminados, casos suspeitos, que enfrentam além do medo, muitas vezes também a falta de equipamentos de segurança e o excesso de trabalho com a baixa nas equipes. São realmente verdadeiros heróis.
Porém, garis, motoristas de ônibus, caminhoneiros, bancários, carteiros, funcionários de supermercados, policiais, atendentes de farmácia e frentistas de postos de combustíveis - só para citar alguns - também lidam direto com o público, sem saber quem está contaminado ou não, e merecem ser reconhecidos nessa guerra.
Justamente com este objetivo, conforme divulgado nesta semana em O Imparcial, alunos da Escola Champagnat de Presidente Prudente estão escrevendo cartas solidárias a alguns destes profissionais, com palavras de encorajamento, solidariedades, amor, fé e incentivo, para que se sintam acolhidos em um momento tão difícil e de total dedicação ao trabalho. Uma bela iniciativa que também merece ser enaltecida.
Milhares de pessoas têm colocado sua vida em risco para garantir a quarentena dos brasileiros. Pessoas que devem ser reconhecidas pela profissão que escolheram, pelo desempenho de sua função em meio ao caos que vivemos, pela coragem em deixar sua família em casa sem saber como voltará. Um mundo com medo, aterrorizado, inseguro, assustado, mas repleto de super-heróis.

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