Estudante de Direito e o namorado são presos por tráfico de drogas, na Vila Formosa

Ação de policiais civis da 2ª Dise ocorreu em um edifício de classe média; alvos estavam sendo investigados há um mês

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 23/04/2021
Horário 11:26
Foto: Polícia Civil
Celulares dos investigados foram apreendidos e serão periciados
Celulares dos investigados foram apreendidos e serão periciados

Policiais civis da 2ª Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes), da Deic-8 (Divisão Especializada de Investigações Criminais), prenderam ontem duas pessoas por tráfico de drogas na Vila Formosa, em Presidente Prudente. No apartamento do acusado, houve apreensão de diversas porções de maconha.

Os alvos residem em um edifício de classe média e foram apontados por meio de diversas denúncias anônimas. As informações davam conta de que também possuíam arma de fogo, sendo que o rapaz, 25 anos, estudante de Enfermagem, seria o responsável pela venda de drogas, que contava com auxílio da namorada, também de 25 anos, estudante de Direito. 

Desde o recebimento das primeiras denúncias, há um mês, a delegacia especializada iniciou o trabalho de investigação. A apuração contou, inclusive, com entrevistas de moradores do prédio, que forneceram informações que contribuíram para deflagrar a ação ocorrida ontem.

“Com base nos dados fornecidos, por meio dos sistemas policiais disponíveis e métodos de investigação, foi possível identificar que o mesmo estaria morando juntamente com sua irmã, um sobrinho menor de idade e sua namorada”, explica a Polícia Civil. 


Roberto Kawasaki - Denúncias começaram a chegar há aproximadamente um mês

Ação ocorreu no prédio

Durante a tarde, os policiais estiveram no apartamento, onde foram recebidos pela síndica. Ela foi informada sobre as denúncias e permitiu a entrada da equipe no prédio. Quando chegaram ao apartamento, os policiais bateram na porta e chamaram pelos moradores, momento em que a namorada do investigado abriu a porta. 

De acordo com a polícia, logo na entrada no imóvel era possível sentir “forte odor” de maconha. Ao ser questionada sobre o cheiro, conforme a polícia, ela disse: “tem mesmo, porque eu fumo”; “por que vocês querem saber, não há nada de errada em ter maconha”.

Na sequência, os policiais perguntaram onde estaria a droga e, de imediato, ela telefonou para o namorado e o chamou para ir ao local. 

“Diante do odor e afirmação da indiciada, os policiais adentraram no local e localizaram várias porções de maconha na cômoda do quarto utilizado pelos investigados, além dos apetrechos [balança e papel filme]. Os entorpecentes estavam fracionados em tamanhos semelhantes, envoltos com papel filme, tipicamente prontos para comercialização. Cumpre salientar que haviam várias porções que pesaram 50 gramas, corroborando com as informações levantadas”, relata a Polícia Civil.

Mesmo que a acusada tenha afirmado que a droga seria para consumo, a polícia esclarece que, pela experiência em outros flagrantes, o cenário era típico de tráfico de drogas, e não de uso, uma vez que usuário não mantém drogas fracionadas igualmente, embaladas em papel filme e separadas entre si. “Isso é típico de comércio de entorpecentes”, afirma. 

O namorado da investigada chegou ao apartamento e também alegou ser usuário. Porém, ambos receberam voz de prisão em flagrante por tráfico de drogas e foram conduzidos à sede da 2ª Dise, na Deic-8. Na residência foram apreendidos os aparelhos celulares que serão periciados.

“Após os trâmites do trabalho de Polícia Judiciária, os autuados permanecerão à disposição da Justiça”.

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