Falta de doses de vacina preocupa a Educação

Em Prudente, 160 profissionais do grupo ficaram de fora da primeira etapa de imunização 

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 16/05/2021
Horário 05:00
Foto: Arquivo/Secom
Primeira etapa da vacinação ocorreu em 10 de abril
Primeira etapa da vacinação ocorreu em 10 de abril

A imunização contra a Covid-19, de professores e profissionais da Educação no Estado de São Paulo, estava prevista para iniciar no dia 12 de abril, porém, foi adiantada para o dia 10. Na ocasião, funcionários de escolas com 47 anos ou mais foram contemplados com a primeira dose. No entanto, em Presidente Prudente, apesar do envio de 1,4 mil doses, ainda faltam imunizantes.
De acordo com a secretária municipal de Educação, Sonaira Fortunato Pereira., desde então, o município está em contato constante com a Secretaria Estadual de Educação para a solicitação destas vacinas, inclusive, para o grupo que não estava dentro da faixa etária. “Tivemos um quantitativo de aproximadamente 160 profissionais do município que não conseguiram se vacinar na primeira etapa. O ideal é que todos os profissionais sejam vacinados para esse retorno das aulas”.
Sonaira ainda lembra que não existe cronograma para a continuação da campanha, o que traz incertezas quanto aos planos de retomada presenciais nas escolas. “O Estado acabou de dar a segunda dose naqueles que tomaram a primeira, mas para as outras etapas ainda não existe nenhuma previsão para essas vacinas”, lamenta. O questionamento também foi discutido por um grupo de professores que procurou a reportagem, em que cobram “agilidade” neste processo. 

Distribuição e aplicação

Em nota encaminhada a O Imparcial, a SES (Secretaria de Estado da Saúde) afirma que o PEI (Plano Estadual de Imunização) contra Covid-19 destinou, na primeira semana de maio, mais 1,4 mil doses ao município de Presidente Prudente, especificamente para aplicação da segunda dose nos profissionais de Educação. “Os quantitativos de primeira e segunda doses são idênticos, realizados em duas entregas diferentes para que o município realize a aplicação e conclua a imunização das pessoas”, esclarece. 
Ainda conforme a pasta, em toda campanha, a região de Presidente Prudente recebeu 305 mil doses e aplicou 274,9 mil, “o que evidencia um ‘saldo’ de pelo menos 30 mil doses, conforme dados reportados pelos municípios no Vacinômetro”, expõe. “Cabe às Prefeituras utilizar essas vacinas de acordo com os critérios técnicos e divulgados de forma clara e transparente. Para garantir a aplicação da segunda dose, os municípios devem ainda respeitar as faixas etárias e/ou grupos estipulados conforme cronograma, bem como o intervalo de tempo de aplicação entre doses [até 28 dias para a vacina do Butantan e até 12 semanas para a da Fiocruz]”. 

Critérios de distribuição

De acordo com a SES, com base nas estatísticas populacionais previstas pelo Ministério da Saúde para cada faixa etária ou público específico, o governo de São Paulo define as remessas de doses necessárias para cada etapa da campanha. “Todas as grades de vacinas são enviadas a cada local em tempo oportuno, com base no cronograma do PEI e com todas as orientações técnicas para uso dos imunizantes. O envio de mais vacinas pelo Ministério da Saúde é essencial para que continuidade da campanha e inclusão de novos públicos. O apoio dos municípios para pleitear mais vacinas ao Ministério da Saúde é essencial para que as 645 cidades possam avançar na campanha”.

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