Seduc estuda retomada presencial das aulas

Enquanto isso não ocorre, iniciará plantão de atendimento aos alunos com dificuldades e sem acesso à internet

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 16/05/2021
Horário 04:00
Foto: Weverson Nascimento
Ainda não há data definida para o retorno presencial das aulas em Prudente
Ainda não há data definida para o retorno presencial das aulas em Prudente

Nos últimos dias, a Seduc (Secretaria Municipal de Educação) de Presidente Prudente participou de reuniões com representantes em que debateram um possível retorno das aulas presenciais no município. Mesmo com data ainda incerta, amanhã iniciará atendimentos nas escolas, aos estudantes com dificuldades de aprendizagem e sem acesso à internet - agendamento que já começou a ser feito. 
Sonaira Fortunato Pereira., secretária municipal de Educação, afirma que não há uma data certa quanto ao retorno presencial das aulas, o que está em fase de análise. “Fizemos reuniões com o Comitê de Retorno às Aulas, acabou-se que não conseguimos adequar uma data. Como já estamos no mês de maio, nós da secretaria, juntamente com supervisores e coordenadores, estabelecemos o sistema de plantão”, explica. Segundo a titular, os diretores passaram a receber orientações, repassadas aos professores, a fim de organizar o agendamento.
“Algumas escolas vão iniciar na segunda-feira, outras na terça-feira, ficou a critério das unidades esta organização quanto aos plantões”, afirma. A prioridade são alunos que apresentam extrema dificuldade de aprendizagem, e que não possuem acesso à internet. “Apesar de estarmos entregando as atividades impressas para aqueles que não têm acesso, muitas vezes se perdem”, lamenta Sonaira. Ainda durante reuniões com o Ministério Público e Comed (Conselho Municipal de Educação), acompanhado também pelo Sintrapp (Sindicato dos Servidores Municipais de Presidente Prudente e Região), debateram outra preocupação para o retorno: a falta de pessoal.
“Já estava faltando antes da pandemia, e com o grupo de risco afastado, ficou ainda pior. Temos um quantitativo de aproximadamente 307 profissionais afastados somente na Educação, então, estabelecemos que verificaremos junto com o jurídico a questão da revisão de decreto do grupo de risco, ou uma contratação emergencial que também está em análise para atender a todas as unidades escolares”, expõe. “Nesta reunião, também estabelecemos que as escolas estaduais, na fase vermelha, vão poder retornar de acordo com o Plano São Paulo, também atendendo prioritariamente crianças na fase de aprendizagem, sem acessos e tudo o mais. O decreto vai atingir tanto o Estado quanto o município. Mudando de fase, o Estado retorna com as aulas normais, e vamos aguardar a questão do pessoal, que se estiver estabelecido, podemos pensar numa data”. 

Respostas aos apontamentos

A reportagem apresentou à secretária os apontamentos de professores, referentes ao trabalho remoto da rede municipal de ensino. Sobre a questão da formação para o trabalho online, a titular da pasta, juntamente com representantes da Coordenadoria de Gestão Educacional, esclarece que, desde o ano passado, os professores têm recebido essas formações tanto da equipe de coordenação, quanto da equipe de TI (tecnologia da informação). “Este ano tiveram a formação referente às aulas síncronas, com coordenadores da Seduc, e a intenção é que continue essa formação, até porque nós temos aí uma formação longa que já foi apresentada, um pouco mais extensa”, explica. 
Quanto à comunicação e participação nas tomadas de decisões, afirmam que estão sendo feitas com órgãos colegiados, onde os docentes têm suas representatividades, assim como os pais de alunos e gestores. “Como a rede é muito extensa, não tem como chamar os professores sempre nas tomadas de decisões, por isso sempre chamamos esses colegiados”, esclarece Sonaira. Outra questão levantada foi em relação às estruturas das escolas num possível retorno, principalmente, quando envolve maior ventilação. De acordo com a secretária, “foi feito o possível” para atender às demandas. “Estamos com cinco meses de gestão para tentar adequar isso, e são 63 escolas”, afirma. 
“Sabemos que estão fazendo muito com pouco durante todo esse período da pandemia, trabalhando incansavelmente em casa. Gostaria de agradecer e pedir para que continuem empenhados, que logo isso vai passar”, expõe Sonaira. “É importante que as famílias continuem engajadas no acompanhamento das crianças, porque os professores estão fazendo de tudo. Essa interlocução entre escola e família sempre foi muito importante e continua sendo um pouco mais intensa neste período”. 

Fotos: Roberto Kawasaki


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