Empresa usará material reaproveitado em construção de planta industrial

Transforma Energia utilizará produtos processados em sua planta de RCC para erguer a estrutura que abrigará sua nova planta: a de RSU

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 04/09/2021
Horário 08:12
Foto: Cedida
Empresa atesta que é possível e viável a utilização de material reaproveitado de restos de construção civil
Empresa atesta que é possível e viável a utilização de material reaproveitado de restos de construção civil

Como forma de atestar que é possível e viável a utilização de material reaproveitado de restos de construção civil, a Transforma Energia utilizará os produtos processados em sua planta de RCC (Resíduos de Construção Civil) para erguer a estrutura que abrigará sua nova planta: a de RSU (Resíduos Sólidos Urbanos). A empresa possui uma área de 51 alqueires, situada na divisa entre três municípios: Caiabu, Indiana e Martinópolis. O empreendimento fica na zona rural, com distância de oito quilômetros entre eles.
A novidade foi revelada durante o 1º Fórum de Engenharia e Desenvolvimento Regional, realizado pelo Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo), Instituto Transforma e Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Presidente Prudente. 
Com mais de 600 participantes - entre gestores públicos e privados e representantes de diversos segmentos -, o evento no Centro Cultural Matarazzo, em Prudente, teve como objetivo discutir os desafios da gestão de resíduos sólidos, buscando soluções para um futuro mais sustentável para a sociedade. 
Um dos palestrantes foi o diretor-presidente da Transforma Energia, Felipe Barroso, que apresentou metas ambiciosas para o reaproveitamento de resíduos sólidos e, desta forma, aliviando a pressão ao meio ambiente, que sofre com o descarte irregular e com a falta de políticas públicas para o setor.
"A Transforma Energia já produziu mais de 1 mil toneladas de produtos, como areia, brita e insumos energéticos, ao reaproveitar vários tipos de resíduos. Isso passou de ser um sonho e tornou-se realidade. Resíduos que poderiam estar jogados em beira de rios e demais locais inadequados, deteriorando o nosso meio ambiente", frisa Felipe. 

Plantas em operação

Atualmente, duas plantas industriais estão em operação comercial contando com o devido licenciamento. "Tínhamos a meta de reaproveitar 80% desses resíduos processados nas plantas de grandes volumes [podas de árvores, sofás, entre outros] e a de resíduos de construção civil. Contudo, atingimos o patamar de 100% de reaproveitamento, ou seja, absolutamente tudo que chegou nas plantas até então teve nova utilização", comemora.
Felipe explica que o conceito empregado na implantação da planta de resíduos sólidos urbanos será "diferenciado", com menor geração possível de gases e chorume. "O objetivo da planta de resíduos sólidos urbanos é inovar, com reaproveitamento inicial de 74% de todo o material. Já o rejeito que vai ser destinado ao aterro sanitário, além de ser um volume muito pequeno do total que entra na planta, vai estar livre de matéria orgânica, pois ela será empregada como insumo energético", diz.
"É um aterro diferenciado, que vai gerar 10 vezes menos gases de efeito estufa do que um aterro convencional, bem como a geração de chorume nessa mesma proporção", complementa. Em processo de licenciamento, a planta deve entrar em operação no próximo ano. "É uma planta que, talvez, seja com maior longevidade de uso. Ela terá aterro com capacidade de utilização por 99 anos".

Servindo como exemplo

Para servir como exemplo da utilização de resíduos transformados em novos materiais, a Transforma Energia empregará areia e brita produzidas por suas plantas para a expansão do seu Centro de Valorização de Resíduos.
"Estamos programando que, dentro desse material que estamos processando - brita e areia -, ele seja utilizado parar erguer a planta de resíduos sólidos urbanos, que terá 10 mil metros quadrados e pé direito de 10 metros de altura. Para que a gente prove que é possível reutilizar esse material dentro da construção civil, vamos empregar dentro da nossa planta", afirma Felipe.
Por fim, o diretor-presidente reforça o compromisso da Transforma Energia em auxiliar empresas e municípios na gestão dos resíduos sólidos. "Estamos de braços abertos para receber o passivo ambiental que os municípios possuem", ressalta. "Queremos que todos os gestores possam conhecer nossas plantas e a tecnologia empregada. Espero que esse modelo de negócio seja replicado, pois entendo que seja altamente aplicável por todos", complementa.

SAIBA MAIS

Presidente do Crea-SP sobre gestão de resíduos: “debate em conjunto”

Prudente sediará fórum de engenharia e desenvolvimento regional do Crea-SP

Transforma Energia constrói unidade de transbordo de resíduos

Conceito de gestão ambiental é fomentado em parceria entre Unesp e Transforma Energia

Transforma Energia é vista como plataforma para estudos de novas tecnologias

Publicidade

Veja também