Presidente Prudente tem paralisação parcial no transporte coletivo urbano

Funcionários da empresa que administra o serviço estão em desacordo com atrasos salariais referente ao mês de junho; concessionária alega estar com cofres vazios

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 16/06/2021
Horário 08:11
Foto: Arquivo/Roberto Kawasaki
Diferentemente da última greve, que ocorreu no dia 26 de maio - há menos de 30 dias, os ônibus circulam de maneira parcial
Diferentemente da última greve, que ocorreu no dia 26 de maio - há menos de 30 dias, os ônibus circulam de maneira parcial

Funcionários da Prudente Urbano  iniciaram hoje uma paralisação parcial no transporte coletivo de Presidente Prudente. A decisão foi tomada devido a desacordo com a empresa em relação ao não pagamento de alguns funcionários referente ao mês de junho.

Diferentemente da última greve, que ocorreu no dia 26 de maio - há menos de 30 dias, os ônibus circulam de maneira parcial. Nos horários de pico, foi disponibilizada 50% da frota, sendo que nos demais períodos circula somente 35% dela. 

Na segunda-feira, O Imparcial apurou junto à Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública) que na sexta-feira da semana passada, os funcionários protocolaram um ofício no final do dia para uma possível greve, devido ao atraso dos salários. 

Em nota, a Prefeitura de Presidente Prudente informou que, assim que tomou conhecimento da possibilidade de deflagração de greve por parte dos funcionários, a pasta notificou a concessionária de transporte coletivo sobre quais providências seriam tomadas para evitar nova paralisação.

A reportagem solicitou um posicionamento da Prudente Urbano e do Sintrattepp (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Terrestres de Presidente Prudente e Região), mas não obteve retorno até o momento. 

Cofres vazios

Em entrevista a O Imparcial nesta manhã, o secretário de Mobilidade Urbana, major Luiz Edson de Souza, disse que a empresa Prudente Urbano alega estar sem condições de pagar os funcionários porque está com os cofres vazios - situação que, segundo informado à pasta, tem sido acompanhada pelos trabalhadores desde o dia 31 de maio. O acompanhamento da receita de arrecadação com o transporte público por parte dos funcionários foi decidido em audiência juntamente com a secretaria. 

“Contudo, a gente entende que ela, mesmo tendo demonstrado aos funcionários que não tem condições por estar recebendo pouco, primeiramente tem compromisso com a sociedade e segundo tem compromisso com os funcionários, não que eles sejam menos importantes, mas que também tenham o direito de resposta. E eles têm o direito do salário deles, até porque estão sem o pagamento”, explica o secretário.

“A gente entende que não é uma atitude correta da empresa, que tem que arcar com os compromissos”. 


Roberto Kawasaki - Major Luiz Edson de Souza, titular da Semob

"Situação irreversível"

De acordo com o titular da Semob, foi pedido à Prudente Urbano que se manifestasse a respeito da medida que estava adotando para que essa paralisação fosse evitada. Porém, segundo o secretário, anteontem foi enviado um documento em que a empresa falou sobre a situação de como cumpririam as exigências do decreto, e ontem, no final do expediente, encaminhou um documento sobre as medidas para a greve, informando que não há condições de reverter a situação. 

A respeito de uma possível reunião ainda hoje para possível acordo, o titular da Semob acredita que talvez não ocorra.

“Creio que não estão dispostos a se reunir com a gente, até porque agora somos irredutíveis e inflexíveis, ou eles arrumam, ou apresentem outras medidas para que seja consertada essa calamidade que eles colocaram, estabeleceram no transporte público prudentino”.

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